Honda e Nissan confirmaram, nesta segunda-feira (25), sua fusão planejada para 2026, uma estratégia desenhada para fortalecer suas posições no mercado automotivo global, cada vez mais desafiado por rivais chinesas. A união das duas montadoras pode resultar em uma nova gigante de US$ 50 bilhões, tornando-se a terceira maior do mundo, atrás apenas da Toyota e do grupo Volkswagen.
O movimento, que busca aumentar a eficiência operacional e reduzir custos, será conduzido principalmente pela Honda, que deve indicar a maioria dos diretores e o presidente da nova holding. A Mitsubishi, que já mantém uma aliança com a Nissan, estuda ingressar no processo e deve se pronunciar até janeiro de 2025.
O cronograma da fusão inclui a seguinte previsão de marcos:
- Janeiro de 2025: Mitsubishi decide sobre sua adesão ao processo;
- Junho de 2025: definição do plano de transferência de ações;
- Abril de 2026: assembleias para aprovar a integração;
- Julho/Agosto de 2026: saída das bolsas de valores de Tóquio;
- Agosto de 2026: criação oficial da holding.
Em um comunicado conjunto, Honda e Nissan destacaram sete áreas-chave para a fusão, incluindo a padronização das plataformas de veículos e otimização das fábricas. A colaboração na pesquisa e desenvolvimento será aprofundada, com o objetivo de reduzir custos e melhorar o tempo de lançamento de novos produtos.
As duas empresas também preveem ganhos significativos ao compartilhar peças de fornecedores e integrar sistemas administrativos. A parceria visa não apenas ampliar a capacidade de produção, mas também expandir os serviços financeiros durante todo o ciclo de vida dos veículos.
A Renault, acionista majoritária da Nissan, declarou estar ciente da fusão e avaliando suas opções. A montadora francesa reforçou seu compromisso com projetos de longo prazo que agreguem valor à Aliança.