Ibovespa volta aos 126 mil pontos, enquanto Sabesp enfrenta queda após aprovação da privatização.
O Ibovespa apresentou uma recuperação notável, retomando a marca dos 126 mil pontos, após um dia de agenda esvaziada nos mercados financeiros. O índice encerrou o dia com um ganho de 0,31%, atingindo 126.009,57 pontos, com um volume financeiro totalizando R$ 20,6 bilhões.
O destaque do dia ficou por conta da Sabesp (SBSP3), cujas ações tiveram uma queda de 1,52%, fechando a R$ 67,94. Esse movimento foi uma resposta natural após a aprovação da privatização na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A sessão também viu a EGIE3 liderar as quedas, com uma baixa de 2,69% a R$ 43,37, após o Citibank rebaixar sua recomendação de neutra para venda. Além disso, HYPE3 caiu 2,40% (R$ 35,72) e CIEL3 teve uma baixa de 2,05% (R$ 4,31).
No lado positivo, destacaram-se os principais bancos, com BBAS3 avançando 1,62% a R$ 53,87, ITUB4 registrando um aumento de 0,99% a R$ 31,62, SANB11 com alta de 0,36% a R$ 39,71, e BBDC3 e BBDC4 com ganhos de 0,28% a R$ 14,36 e 0,25% a R$ 16,20, respectivamente.
Setores relacionados ao consumo, construção e educação também apresentaram desempenho sólido, com destaque para SOMA3, que avançou 5,68% a R$ 6,88, seguida por EZTC3, com +5,44% a R$ 18,61, e YDUQ3, que subiu 4,75% a R$ 21,19.
O mercado permanece atento aos dados do payroll a serem divulgados amanhã, que podem influenciar as futuras decisões do mercado financeiro.
Expectativa de mudança na política monetária do Japão impulsiona o iene e afeta o dólar
O mercado cambial experimentou uma jornada de altos e baixos nesta quinta-feira, com o dólar americano registrando uma leve alta em relação ao real brasileiro, enquanto afundava frente ao iene japonês. Essa dinâmica foi impulsionada por eventos tanto no cenário internacional quanto no cenário doméstico.
No Japão, o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, surpreendeu os mercados ao sugerir que a política monetária do país poderia se tornar mais desafiadora no futuro próximo. Ele indicou que a reversão dos juros negativos poderia estar no horizonte, o que levou a uma valorização significativa do iene japonês em relação ao dólar. Essa mudança na perspectiva da política monetária japonesa teve um impacto imediato nas taxas de câmbio globais.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, os investidores aguardam com expectativa o relatório de empregos (payroll) que será divulgado em breve. Esse relatório será fundamental para a avaliação dos próximos passos do Federal Reserve em relação às taxas de juros e à política monetária.
No Brasil, a situação política e econômica também teve um impacto sobre o mercado cambial. Os impasses políticos em Brasília, incluindo a série de adiamentos de votações importantes no Congresso, como a MP das subvenções e a tributação de apostas esportivas, geraram incerteza entre os investidores. Isso porque muitos desses projetos são cruciais para viabilizar um déficit fiscal zero em 2024, incluindo a complexa reforma tributária.
Como resultado desses eventos, o dólar à vista fechou o dia com uma leve alta de 0,13%, sendo cotado a R$ 4,9090. Enquanto isso, em relação ao iene japonês, o dólar experimentou uma queda impressionante de 2,50%, atingindo a marca de 143,53 ienes. Esses movimentos cambiais refletem a volatilidade e a sensibilidade do mercado às mudanças nas políticas econômicas e monetárias globais.
No fechamento, o DI para jan/25 subiu a 10,320% (de 10,319%, ontem); o jan/26 cedeu a 9,970% (9,977%); jan/27, subiu a 10,085% (10,074%); jan/29, a 10,520% (10,504%). O jan/31, a 10,760% (10,729%); e o Jan/33, a 10,870% (10,842%).