Ibovespa bate marca histórica, impulsionado por VALE3 e setor de turismo; volume financeiro reduzido.
O índice Ibovespa alcançou uma nova marca histórica, encerrando o dia com um aumento de 1,05% e atingindo a pontuação de 132.182,01 pontos. Esse movimento positivo foi impulsionado principalmente pela performance das ações da VALE3, que registraram um ganho de 3,33%, alcançando R$ 76,97. O setor de mineração, no qual a VALE3 está inserida, foi beneficiado pela valorização do minério de ferro.
É importante notar que o volume financeiro negociado no mercado ficou em torno de R$ 19,7 bilhões, seguindo a tendência de redução de liquidez típica do período de fim de ano. Além da VALE3, outras ações também se destacaram no ranking positivo do dia. BRKM5 teve um aumento de 7,07% após uma manhã volátil, quando a petroquímica foi alvo de uma operação da Polícia Federal relacionada ao desastre ambiental em Maceió, Alagoas. SOMA3 registrou um aumento de 5,41%.
No setor de companhias aéreas e turismo, as ações foram favorecidas pelas quedas do dólar e do petróleo. GOLL4 teve um ganho de 5,35%, AZUL4 subiu 3,60%, e CVCB3 ganhou 3,13%. Por outro lado, as ações da PETR3 ficaram estáveis, enquanto as da PETR4 tiveram uma leve alta. ITUB4 também se destacou com um aumento de 0,68%. No entanto, algumas ações registraram perdas, com destaque para BHIA3, ALPA4 e IRBR3.
Dados econômicos dos EUA e desenvolvimentos no Congresso influenciam o mercado cambial
O mercado de câmbio brasileiro acompanhou a tendência internacional e viu o dólar encerrar em baixa em relação ao real nesta quinta-feira. A queda da moeda norte-americana foi motivada por dados econômicos desfavoráveis dos Estados Unidos, que indicam um crescimento econômico mais lento do que o esperado.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu apenas 4,9% no terceiro trimestre, ficando abaixo das expectativas de 5,2%. Além disso, o índice de gastos pessoais com consumo (PCE) no trimestre também ficou aquém das previsões, registrando 2,6% em vez dos esperados 2,8%. Esses números reforçam a percepção de que a economia dos EUA está experimentando um “pouso suave”, o que pode levar o Federal Reserve a iniciar um afrouxamento monetário no primeiro trimestre de 2024.
No cenário doméstico, a notícia positiva foi a aprovação da Medida Provisória das Subvenções no Senado, garantindo recursos cruciais para que o governo brasileiro alcance a sua meta de déficit zero no próximo ano. Além disso, o mercado observou com atenção o aumento do fluxo de capital estrangeiro na Bolsa de Valores, o que ajudou a atenuar o impacto das remessas de fim de ano das empresas brasileiras para o exterior.
Dados da B3 revelaram uma entrada de R$ 1,669 bilhão em 19 de dezembro, contribuindo para um saldo estrangeiro positivo de R$ 13,218 bilhões no mês. No entanto, as estatísticas do Banco Central indicaram um fluxo cambial total negativo de US$ 2,278 bilhões na semana anterior, com saídas de US$ 2,309 bilhões pelo canal financeiro. Até 15 de dezembro, o saldo total do mês estava negativo em US$ 2,666 bilhões.
Esses eventos econômicos e políticos influenciaram o mercado cambial, levando o dólar à vista a fechar em baixa de 0,49%, cotado a R$ 4,8877. O dólar futuro para janeiro também recuou 0,59%, atingindo R$ 4,8865. No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, perdeu 0,53%, enquanto o euro subiu 0,48% em relação ao dólar e a libra ganhou 0,31%.