A bolsa de valores brasileira, representada pelo Ibovespa, alcançou níveis recordes em sua última sessão, refletindo um otimismo do mercado em relação às perspectivas econômicas. Este desempenho foi influenciado principalmente pela mensagem dovish do Federal Reserve (Fed) dos EUA, que se sobrepôs ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, indicando uma postura menos agressiva na redução da taxa Selic.
No cenário interno, o mercado financeiro também esteve atento às movimentações político-econômicas, como a derrubada do veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamentos pelo Congresso. Este evento é significativo pois pode trazer consequências importantes para a agenda fiscal do governo, além de influenciar a expectativa em torno da votação da reforma tributária.
Durante a sessão, o Ibovespa atingiu a marca de 1,39% na máxima intraday, chegando a 131.260 pontos. O fechamento registrou um ganho de 1,06%, alcançando 130.842,09 pontos, estabelecendo um novo recorde. O volume financeiro do dia somou expressivos R$ 34,1 bilhões.
O desempenho das empresas no mercado de ações foi variado, com destaque especial para as petrolíferas. A alta de mais de 3% no preço do petróleo impulsionou as ações da Petrobras, com PETR3 e PETR4 registrando altas significativas. Outras empresas do setor, como PRIO3 e RRRP3, também se destacaram entre as maiores altas do índice. Além disso, a DXCO3 obteve a maior valorização do dia.
No setor de varejo, contudo, o cenário foi menos favorável, com várias empresas registrando perdas significativas. Entre as maiores quedas, estiveram BHIA3, NTCO3 e PETZ3, indicando uma variação no desempenho setorial dentro do índice.
Os principais bancos apresentaram um resultado positivo, com ações como BBDC3, BBDC4, ITUB4, SANB11 e BBAS3 fechando no azul. A VALE3, por outro lado, reduziu o ritmo de alta da manhã, fechando com um ganho modesto.
Este panorama do Ibovespa e o desempenho das empresas refletem as complexidades do mercado de ações, onde fatores externos e internos se entrelaçam para influenciar o comportamento dos investidores e o valor das ações das empresas.
Dólar oscila frente ao Real após vetos no congresso brasileiro
A moeda norte-americana apresentou uma performance mista nesta quinta-feira (14). Inicialmente, houve uma queda do dólar em relação ao real, descendo abaixo dos R$ 4,90. Este movimento foi influenciado pelas decisões de política monetária de diversos bancos centrais, notadamente o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. Contudo, a moeda começou a recuperar suas perdas, refletindo a instabilidade do mercado.
Um fator chave neste processo foi a decisão do Congresso brasileiro de derrubar o veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento para 17 setores. Esta ação legislativa levantou sérias preocupações sobre a situação fiscal do governo brasileiro, resultando em um enfraquecimento do real e impactando as taxas de juros futuras.
Ao mesmo tempo, no cenário internacional, o índice DXY, que mede o valor do dólar americano em relação a um conjunto de outras moedas importantes, manteve uma tendência de queda firme. Isso ocorreu mesmo com o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE) mantendo suas taxas de juros inalteradas. A presidente do BCE, Christine Lagarde, enfatizou que cortes nas taxas não foram discutidos, o que pode ter contribuído para a estabilidade do euro e da libra em relação ao dólar.
No fechamento do mercado, o dólar à vista apresentou uma queda leve de 0,12%, cotado a R$ 4,9151, oscilando entre R$ 4,9176 e R$ 4,8757 durante o dia. O dólar futuro, por sua vez, mostrava uma ligeira alta. Internacionalmente, o índice DXY mostrou uma redução de 0,88%, enquanto o euro e a libra esterlina ganhavam terreno em relação ao dólar.