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Ibovespa cede com NY e commodities em baixa, de olho nas questões políticas domésticas

Foto/Reprodução GDI
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, opera em queda de 0,22%, aos 108.730,99 pontos, seguindo a tendência dos índices de Nova York. O Dow Jones registra queda de 0,54%, o S&P cai 0,35% e o Nasdaq apresenta estabilidade, com variação positiva de 0,04%. Os investidores estão cautelosos antes da votação do teto da dívida dos Estados Unidos, além de acompanharem a contração da atividade fabril na China, o que impacta negativamente as commodities. Esse cenário é especialmente relevante para o Ibovespa, pois as commodities têm uma participação significativa em seu índice.

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No cenário doméstico, o setor público registrou um superávit primário de R$ 20,3 bilhões em abril. Por outro lado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego ficou em 8,5% no trimestre até abril, em comparação com o mês anterior. No entanto, essa variação é considerada dentro da margem de estabilidade estatística em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro. Às 15h, o Ministério do Trabalho divulgará os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrarão a criação de vagas de trabalho em abril. Além disso, o mercado está atento à piora do ambiente político, após a aprovação do Marco Temporal e da Medida Provisória (MP) do Bolsa Família, mas a postergação da MP dos Ministérios, que perderá validade amanhã.

No âmbito das empresas, destaca-se o desempenho da BRF (BRFS3), que apresenta a maior alta do Ibovespa, com ganhos de 10,32% (R$ 8,02). A companhia aprovou o engajamento de um assessor financeiro para estudar alternativas visando à realização de uma oferta primária de ações, considerando a distribuição de 500 milhões de papéis ao preço de R$ 9 por ação. Por outro lado, a CCR (CCRO3) lidera as baixas, com queda de 2,32% (R$ 13,45). A empresa aprovou a abertura de um programa de recompra de até 3,2 milhões de ações ordinárias, correspondentes a até 0,15% do total de ações emitidas pela companhia.

No mercado de commodities, o contrato para setembro de minério de ferro negociado em Dalian registra uma queda de 0,39% (US$ 98 por tonelada). Já no mercado à vista de Qingdao, houve um aumento de 0,66% (US$ 102,67 por tonelada). Em Cingapura, o minério de ferro também apresenta uma alta de 0,56% (US$ 98,45 por tonelada).

Mais destaques da bolsa

EmpresasPreço Atual (R$)Maior alta (R$)Maior baixa (R$)Preço de aberturaVariação desde abertura (%)
PETR329,3429,4828,9429,210,45%
PRIO333,9734,0533,3533,551,25%
RRRP329,893029,1329,32,01%
ITUB426,4226,5626,326,49-0,26%
SANB1128,7828,9228,5528,82-0,14%
BBDC415,6815,7815,5215,610,45%
AMER31,081,091,071,080,00%
VIIA32,322,352,282,310,43%
MGLU33,763,793,663,711,35%
BBAS344,724544,5244,74-0,04%
CPLE67,537,597,517,55-0,26%
AMBP320,4220,5320,1720,270,74%
OIBR31,011,010,991,010,00%
ITUB426,4226,5626,326,49-0,26%

No setor petroleiro, as ações seguem majoritariamente a tendência dos contratos futuros de petróleo, que estão em queda nos mercados internacionais. Vale (VALE3) registra uma queda de 0,16% (R$ 64,18), CSN Mineração (CMIN3) apresenta uma queda de 0,45% (R$ 4,42), enquanto Usiminas (USIM5) mantém-se estável (R$ 7,07). No setor bancário, os bancos operam de forma mista, com o Bradesco ON (BBDC3) caindo 0,37% (R$ 13,36), mas o Bradesco PN (BBDC4) apresentando uma alta de 0,25% (R$ 15,745).

O mercado continua atento aos desdobramentos desses fatores tanto no cenário nacional quanto internacional, aguardando novos movimentos que possam influenciar as operações na bolsa de valores brasileira.