O Ibovespa (IBOV) registrou alta de 0,41% no primeiro pregão da semana, fechando aos 122.855,15 pontos nesta segunda-feira (20). Apesar do feriado nos Estados Unidos, que impediu a negociação nas bolsas de Wall Street, a atenção dos investidores internacionais se concentrou na posse de Donald Trump como presidente dos EUA. Este evento coincidiu com o Dia de Martin Luther King e gerou impacto no mercado financeiro global.
O dólar à vista (USBRL) encerrou a sessão a R$ 6,0421, com queda de 0,39%. A primeira intervenção do Banco Central em 2025 no mercado de câmbio foi realizada pela manhã, com a injeção de US$ 2 bilhões para evitar volatilidade. O cenário doméstico foi marcado pela repercussão da primeira reunião ministerial do governo Lula em 2025, com metas de entrega estabelecidas para os ministros, mas o foco dos investidores permaneceu nas movimentações externas.
Destaques do Ibovespa
No campo corporativo, Braskem (BRKM5) se destacou, com uma valorização superior a 12% no pregão. A alta foi impulsionada pelo anúncio de investimentos em sete projetos no valor de R$ 614 milhões, voltados para a ampliação de capacidade produtiva em unidades na Bahia, Rio Grande do Sul e Alagoas. As ações cíclicas também foram beneficiadas pela diminuição dos juros nos Depósitos Interfinanceiros (DIs), refletindo o alívio nas taxas.
Por outro lado, Raízen (RAIZ4) registrou queda significativa após divulgar sua prévia operacional e abandonar a previsão de safra 2024/2025. Cosan (CSAN3), sua controladora, também figurou entre as maiores perdas do índice.
No setor de commodities, Petrobras (PETR3; PETR4) se manteve em leve alta, contrariando o desempenho do petróleo, enquanto Vale (VALE3) fechou em queda, mesmo com a valorização do minério de ferro na China.
Indicadores e expectativas
O cenário continua volátil, com a expectativa de que as políticas externas de Trump e o comportamento do câmbio afetem diretamente o mercado brasileiro, especialmente no que diz respeito às taxas de juros e ao impacto sobre o custo do crédito.