- Petrobras (PETR4) derrapou com prejuízo de R$ 17 bilhões, impactando o Ibovespa negativamente
- Vale (VALE3) e Braskem (BRKM5) também apresentaram resultados negativos, dificultando uma recuperação maior
- Marfrig (MRFG3) e Embraer (EMBR3) brilharam com altas expressivas, ajudando o índice a fechar no positivo
O Ibovespa teve um dia de volatilidade, começando em baixa, mas virando para uma alta confortável. Ao final do pregão, o índice fechou com um ganho modesto de 0,02%, aos 124.798,96 pontos, marcando um acréscimo de apenas 30,29 pontos.
O mercado, que estava apreensivo com os balanços trimestrais das grandes empresas, viu suas expectativas balançarem entre boas e más surpresas, mas não o suficiente para provocar um grande movimento no índice.
Por outro lado, o dólar comercial seguiu outro caminho. Depois de abrir em alta, o dólar continuou sua trajetória positiva, encerrando o dia com um ganho de 0,45%, cotado a R$ 5,82. O mercado de juros futuros (DIs) também se comportou de forma mista, com altas predominando ao longo do pregão.
A Petrobras e seus impactos no mercado
O principal fator que pesou sobre o Ibovespa foi o resultado da Petrobras (PETR4), que apresentou um prejuízo inesperado de R$ 17 bilhões no quarto trimestre de 2024.
Esse balanço negativo frustrou as expectativas do mercado, que contava com um desempenho mais positivo. Como consequência, as ações da estatal despencaram 3,53%, impactando diretamente o índice.
A Petrobras, apesar do desempenho negativo, afirmou que continuará sua estratégia de geração de retornos para a sociedade e os acionistas. No entanto, a performance de sua ação ao longo do dia mostrou que os investidores estavam pouco confiantes no rumo da empresa, especialmente após a divulgação do prejuízo.
Vale e outros resultados corporativos
A mineradora Vale (VALE3), outro peso pesado do Ibovespa, também teve um impacto negativo sobre o índice, embora em menor proporção. Suas ações caíram 0,74%, acompanhando a baixa no preço do minério de ferro na China, o que afetou diretamente o desempenho da companhia no mercado internacional.
Além disso, a Braskem (BRKM5) teve um resultado para esquecer no quarto trimestre de 2024, com uma queda de 2,15%, enquanto a gigante de alimentos BRF (BRFS3) viu suas ações despencarem 3,21%, apesar de ter registrado o “melhor ano de sua história”. Esses resultados negativos dificultaram uma recuperação mais robusta do Ibovespa.
Marfrig, Embraer e C&A
No entanto, o dia não foi todo sombrio para o Ibovespa. A Marfrig (MRFG3) teve um desempenho surpreendente, com suas ações disparando 8,90%. A empresa foi beneficiada por ativos premium, o que lhe conferiu uma vantagem competitiva, atraindo investidores.
Embrazando ainda mais a recuperação do índice, a Embraer (EMBR3) teve um balanço excepcional, com suas ações disparando 12,12%. Esse desempenho refletiu positivamente no índice, ajudando a minimizar as quedas de outras ações.
A Ambev (ABEV3), uma das ações mais negociadas do dia, também teve um desempenho expressivo, subindo 5,30%, o que contribuiu para o fechamento positivo do Ibovespa. Além disso, a C&A (CEAB3), fora do índice principal, se destacou como uma das novas queridinhas do varejo, com uma alta impressionante de 10,17%, atraindo a atenção dos investidores.
O Ibovespa no fechamento
Apesar das quedas significativas de algumas grandes ações, como Petrobras e Vale, o Ibovespa conseguiu se manter no positivo, encerrando o dia com uma leve alta de 0,02%, aos 124.798,96 pontos. Durante o pregão, o índice variou entre a máxima de 125.496,66 pontos e a mínima de 124.351,92 pontos, refletindo a volatilidade do mercado.
O volume de negócios atingiu R$ 29,20 bilhões, o que demonstra a atividade intensa no mercado, apesar das quedas em algumas ações.
O desempenho do dia reflete um mercado que, apesar das frustrações, conseguiu encontrar pontos positivos em meio a um cenário desafiador.
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