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Ibovespa ultrapassa a marca dos 129 mil pontos com alta de 2,42%

Impulsionado pela decisão do Fed, o Ibovespa ultrapassou a impressionante marca dos 129 mil pontos, fechando com alta de 2,42%.

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Impulsionado pela decisão do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos e pelas declarações de seu presidente, Jerome Powell, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, ultrapassou a impressionante marca dos 129 mil pontos, fechando com alta de 2,42% e atingindo 129.465,08 pontos.

Este otimismo foi amplamente compartilhado pelo mercado doméstico, aguardando o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. O aumento no Ibovespa ocorreu em uma sessão que registrou apenas quatro ativos em queda, um indicativo claro da confiança dos investidores nas perspectivas econômicas. O volume financeiro do dia, reforçado pelo vencimento de opções sobre o índice, somou R$ 60 bilhões, evidenciando a intensa atividade no mercado.

Entre as empresas, Magalu (MGLU3) registrou a maior alta na sessão, com um expressivo avanço de 10,96%, sendo negociada a R$ 2,53. Esse ganho significativo reflete a confiança dos investidores na empresa e no setor de varejo como um todo, beneficiado pelo alívio dos juros futuros e pela expectativa de maior consumo.

Outros destaques incluem HAPV3, que teve uma elevação de 8,67%, negociada a R$ 4,51, e MRVE3, que subiu 8,23%, a R$ 10,39. Esses ganhos indicam um mercado otimista, especialmente em setores ligados ao consumo, que tendem a se beneficiar de um ambiente de juros mais baixos.

Os principais bancos do Brasil também apresentaram altas expressivas. BBDC3 e BBDC4, por exemplo, subiram respectivamente 3,46% e 4,37%, enquanto SANB11 e ITUB4 tiveram aumentos de 3,18% e 3,03%. Essas altas sugerem que o setor bancário continua sendo uma aposta forte para os investidores, especialmente em um contexto de políticas monetárias favoráveis.

Entre as blue chips, PETR3 e PETR4, papéis da Petrobras, também registraram aumentos de 1,33% e 1,44%, respectivamente. Por outro lado, VALE3 fechou praticamente estável, com um aumento marginal de 0,01%, a R$ 73,00. Este desempenho mais contido pode ser atribuído ao ceticismo dos investidores em relação aos novos estímulos à economia chinesa, um importante mercado para as exportações de minério de ferro.

Por fim, os únicos papéis que terminaram a sessão em queda foram SCLE3, IRBR3, BBSE3 e EZTC3, com quedas variando entre 0,27% e 0,82%. Estas quedas, embora representem exceções no cenário geral, são um lembrete de que nem todas as empresas ou setores se beneficiam igualmente em um mercado em alta.

Dólar em queda no Brasil e no mundo após Fed manter juros inalteradas

O desempenho do dólar hoje, tanto no Brasil quanto no cenário internacional, é um reflexo direto das recentes ações e declarações do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. A decisão do Fed de manter as taxas de juros inalteradas, combinada com as projeções de redução tanto dos juros quanto da inflação nos EUA, gerou um impacto significativo nos mercados financeiros globais, incluindo a desvalorização da moeda americana.

No Brasil, a reação do mercado ao comunicado do Fed foi marcada por uma queda expressiva do dólar. O dólar à vista, que é um importante indicador da força da moeda no mercado de câmbio brasileiro, fechou com uma desvalorização de 0,92%, sendo negociado a R$ 4,9208. Essa queda foi observada após oscilações que variaram entre R$ 4,9772 e R$ 4,9153, demonstrando uma volatilidade considerável durante o dia. Além disso, o dólar futuro, que é um contrato que prevê a venda ou compra da moeda em uma data futura a um preço fixado, também apresentou uma queda de 0,93%, alcançando R$ 4,9225.

No contexto internacional, o dólar também apresentou uma queda notável. O índice DXY, que mede o valor do dólar americano em relação a um cesto de moedas estrangeiras, caiu 0,93%, atingindo 102,897 pontos. Essa desvalorização do dólar pode ser atribuída ao otimismo do mercado em relação à possibilidade de um corte nas taxas de juros pelo Fed a partir de março, uma expectativa sustentada por 72% dos analistas e investidores. A mudança na perspectiva das taxas de juros e da inflação sinaliza um potencial relaxamento na política monetária do Fed, o que geralmente resulta em uma desvalorização da moeda.

Além disso, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que admitiu discussões preliminares sobre o corte de juros e indicou que esse será um tópico em futuras reuniões, contribuiu para a empolgação dos investidores. Essa abordagem mais branda do Fed em relação à política monetária contrasta com as expectativas anteriores de um aperto monetário mais rigoroso, o que, por sua vez, tende a fortalecer o dólar.

O euro e a libra esterlina, duas das principais moedas no cesto do índice DXY, também apresentaram ganhos em relação ao dólar. O euro avançou 0,80%, negociado a US$ 1,0882, enquanto a libra ganhou 0,43%, sendo cotada a US$ 1,2619. Esses movimentos indicam uma reação positiva dos mercados europeus à desvalorização do dólar, o que pode ser interpretado como um sinal de confiança na estabilidade econômica e política dessas regiões.