O mercado financeiro brasileiro está prestes a receber a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2024, e a expectativa é de que a taxa Selic seja novamente reduzida, atingindo 11,25% ao ano. Desde agosto de 2023, o Copom já realizou quatro cortes de 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros de 13,75% para 11,75% ao ano. No entanto, os investidores estão atentos não apenas ao cenário doméstico, mas também às mudanças nas taxas de juros ao redor do mundo, especialmente nos Estados Unidos.
Cenário Internacional e seu Impacto no Brasil
O contexto internacional desempenha um papel relevante nas decisões de política monetária do Brasil. O forte aperto monetário promovido pelos bancos centrais nas principais economias, com destaque para os Estados Unidos, está gerando preocupações. Isso se reflete no ritmo de redução da taxa Selic no país.
Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, ressalta que a falta de clareza sobre a trajetória dos juros nas economias desenvolvidas tem atuado como um obstáculo para uma redução mais acentuada da taxa Selic no Brasil. Prevê-se que o processo de normalização monetária global continue ao longo de 2024, e a expectativa é que a Selic encerre o ano em 8,75% ao ano.
Nesse contexto, a Guide Investimentos recomenda uma alocação mais pesada em ativos que se beneficiem da queda das taxas de juros, tanto na renda fixa quanto na renda variável. O mercado financeiro está se ajustando às expectativas de uma Selic mais baixa, mas a rigidez das expectativas de inflação ainda representa um desafio para acelerar o ritmo de cortes.
Perspectivas para a Selic e o Ibovespa
A Guide enxerga espaço para que o Banco Central mantenha o ritmo de cortes na taxa Selic, mesmo que seja de 0,50 ponto percentual por vez. A preocupação com a inflação persistente e as incertezas internas e externas atuam como limitadores para uma aceleração mais agressiva dos cortes.
Quando se trata do mercado de ações representado pelo Ibovespa (IBOV), 2024 é marcado por dois fatores principais: a queda dos juros e a desaceleração econômica. Históricamente, períodos de queda de juros têm sido positivos para investimentos em ações, renda fixa pré-fixada, fundos imobiliários, entre outros. No entanto, até o momento, a redução dos juros teve um impacto limitado no mercado de ações.
Fernando Siqueira acredita que essa situação deve mudar ao longo do ano, especialmente com a previsão de que a Selic caia abaixo de 10% na reunião de junho. O otimismo para o mercado em 2024 está baseado na redução do volume de ofertas de ações, que historicamente impactou negativamente o desempenho do mercado nos anos anteriores. Nos últimos anos, houve uma redução significativa nas ofertas de ações, e as empresas que lançaram ações enfrentaram desafios, muitas vezes relacionados ao endividamento elevado.
Além disso, o crescimento dos lucros das empresas sustenta a expectativa de recuperação do mercado de ações. O bom desempenho econômico, aliado à redução da pressão inflacionária, cria um cenário favorável para os investidores. Embora ainda não tenha havido uma entrada significativa de recursos nos fundos de ações e fundos multimercados, a redução da Selic para patamares mais baixos pode atrair investidores para o mercado de capitais.
Conhece a Nova Agenda Dividendos do GDI?
Por fim, se você é um investidor que gosta de estar ligado e antenado as empresas que mais pagam dividendos no mercado, precisa acessar a nova e repaginada Agenda de Dividendos do Guia do Investidor!
Lá é possível conferir as principais datas de pagamentos, as empresas que mais estão pagando dividendos acionistas e os tipos de dividendos que serão distribuídos nos próximos dias! Portanto, não deixe de clicar aqui para conferir e encher seu bolso!