Inovação

iFood quer virar banco comercial em 3 anos e promete conta com rendimento para restaurantes

Plataforma já movimenta R$ 160 milhões por mês em crédito e vai pedir licença ao Banco Central em 2026 para operar como instituição financeira completa.

Ifood
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  • iFood quer se tornar banco comercial até 2028 e vai pedir licença ao Banco Central em 2026.
  • A fintech da empresa já empresta R$ 160 milhões por mês e deve chegar a R$ 2 bilhões em 2025.
  • A expansão deve começar com depósitos remunerados para restaurantes e evoluir para produtos para pessoas físicas.

O iFood quer dar um novo passo na sua transformação em fintech e mira se tornar um banco comercial até 2028. A meta foi confirmada pelo CEO Diego Barreto em entrevista ao O Globo. O executivo revelou que o primeiro passo será dado em 2026, quando a empresa pretende pedir autorização ao Banco Central para oferecer depósitos remunerados aos clientes.

Quero, no ano que vem, já estar recebendo depósitos. Hoje já tenho uma conta digital, fluxo de pagamentos e serviços financeiros, mas quero, a partir do ano que vem, passar a oferecer depósito remunerado para os restaurantes”, afirmou Barreto.

Plano ambicioso: de fintech a banco completo

Desde 2022, o iFood opera uma fintech própria, voltada principalmente para crédito a restaurantes parceiros. Segundo o CEO, o volume de empréstimos já chega a R$ 160 milhões por mês, com prazo médio de 18 meses.

Sendo assim, a expectativa é que o montante alcance R$ 2 bilhões em 2025, ampliando a base de clientes e o fluxo financeiro interno da plataforma.

Logo, com a licença bancária, o iFood passará a competir diretamente com bancos digitais e instituições tradicionais, oferecendo contas remuneradas, investimentos e crédito imobiliário.

Portanto, a empresa aposta na integração entre o aplicativo de delivery e os serviços financeiros como diferencial para gerar fidelização e novos negócios.

Foco em restaurantes e expansão futura

No curto prazo, a prioridade da companhia seguirá sendo os restaurantes cadastrados, oferecendo crédito e produtos financeiros personalizados para impulsionar o crescimento do setor.

Além disso, o plano de médio prazo inclui expandir os serviços para pessoas físicas, dentro de uma estratégia de sinergia entre consumo e finanças.

Segundo Barreto, à medida que o iFood gera mais fluxo financeiro e dados de operação, ganha também capacidade de oferecer crédito de forma mais assertiva, utilizando tecnologia e inteligência de dados para reduzir riscos.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.