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Índice de extrema pobreza no Brasil foi o menor da história em 2020, afirma o Banco Mundial

imagem padrao gdi
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De acordo com relatórios do Banco Mundial, o Brasil foi o país da América Latina com o menor índice de extrema pobreza da história em 2020, atingindo o menor índice desde 1981.

A partir de setembro deste ano, o Banco Mundial passou a classificar as pessoas como em estado de extrema pobreza quando estas ganham até US$ 2,15 por dia, equivalente a R$ 10,90.

No ano de 2019, 11,37 milhões de pessoas viviam abaixo da linha da pobreza, o equivalente a 5,4% da população. Mas em 2020, 7,23 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e o índice caiu para 1,95% no ano.

Ainda em 2020, o Governo Federal criou o Auxílio Emergencial como forma de proteção financeira para as famílias brasileiras diante da Covid-19. Assim, milhares de brasileiros tiveram esta complementação em sua renda durante o período.

Além disso, o Auxílio que seria de caráter emergente deu origem ao Auxílio Brasil, que hoje beneficia milhares de famílias e ajudou a combater a extrema pobreza.

Na América Latina, apenas o Brasil e o Paraguai foi capaz de reduzir o índice de população abaixo da linha da pobreza durante o período de 2 anos. Em 2020, Paraguai reduziu o índice de 1% para 0,8%.

Fed deve continuar a subir as taxas de juros nos EUA para controlar a inflação

O economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, acredita que o Banco Central dos EUA, o Fed, continuará a subir as taxas de juros para colocar a inflação do país na meta. Ele estima que 2022 se encerrará com cinco ajustes consecutivos de 75 pontos-base nas taxas de juros, com o primeiro acontecendo em junho e o último em dezembro.

“Não vejo um aumento menor que 75 pontos-base em novembro e novamente em dezembro. Podemos também contar com um residual em fevereiro a depender da situação”, afirma.

“Tivemos um Payroll acima das expectativas, o que também preocupa”, acrescenta. A próxima reunião do Fed ocorrerá entre terça e quarta-feira (1 e 2 de novembro).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos Estados Unidos mostrou uma alta anual de 8,2% em setembro, um pouco acima do esperado. Os EUA geraram 263 mil vagas de emprego em setembro, acima das expectativas do mercado apesar da desaceleração em relação a agosto. A taxa de desemprego também surpreendeu ao cair para 3,5% em setembro, sendo que o mercado aguardava uma taxa de 3,7% ao término do mês.

Houve uma mudança de comportamento do Fed em relação a primeira reunião que ajustou as taxas de juros em 0,75 p.p. em junho deste ano. Naquela época, o presidente Jerome Powell havia classificado o reajuste como particularmente alto, e que provavelmente não marcaria o segundo semestre de 2022. Agora, o discurso é outro.

“O discurso que vemos acompanhando nas últimas três reuniões é hawkish, contundente, preocupado, onde falam em aumentar juros o quanto for necessário”, comenta Bertotti.

“Inflação de oferta não se reduz de um mês pro outro. Ela vai continuar preocupando, disseminada. Os EUA vêm numa política contracionista que não pode mudar”.

Para ele, embora a temporada de resultados do país tenha demostrado um cenário um pouco mais otimista que o previsto, não será o suficiente para dizer que o Fed terá uma postura menos contundente. Além disso, outros indicadores, como os dados de construção de novas casas, demonstram um crescimento econômico aquém do esperado.

Os EUA também se preocupam com o cenário geopolítico externo, intensamente impactado pelo conflito na Ucrânia e problemas no mercado energético. Nos últimos meses, o país registrou desacelerações na inflação com a queda do petróleo no mercado internacional, mas isso pode mudar após a recente decisão da Opep+.

O cartel decidiu pelo corte de 2 milhões de barris por dia (bpd) na produção de petróleo, um movimento que tenta estabilizar os preços da commodity e reduzir a oferta do combustível fóssil em 2% no mundo. Isso pode trazer mais pressões sobre a commodity, que chegou a bater US$ 135 por barril na primeira semana de guerra no leste europeu.