- A ideia é manter os usuários conectados por mais tempo
- Um novo app de edição de vídeos, concorrente do CapCut, da ByteDance
- A plataforma tem oferecido pagamentos mensais atrativos para influenciadores postarem exclusivamente no Reels
O Instagram estuda lançar um aplicativo separado para o Reels, sua ferramenta de vídeos curtos. A estratégia, revelada pelo CEO Adam Mosseri em uma reunião interna, surge em um momento de instabilidade para o TikTok nos Estados Unidos.
Estratégia inspirada no Messenger
A Meta, dona do Instagram, já utilizou essa abordagem antes. Em 2014, a empresa separou o Messenger do Facebook, o que fez o número de usuários do app de mensagens saltar de 200 milhões para 500 milhões em menos de um ano.
Agora, o objetivo é criar um espaço exclusivo para o Reels, tornando a experiência mais parecida com a do TikTok e aumentando o engajamento dos usuários.
Aproveitando o vácuo do TikTok
A movimentação acontece em um cenário de incertezas para o TikTok nos EUA. Em janeiro, a plataforma chegou a ser banida no país, mas a decisão foi suspensa por mais três meses para que a operação americana se separasse da ByteDance, sua controladora chinesa.
A Meta vê essa situação como uma oportunidade para expandir o Reels, repetindo a estratégia adotada na Índia, onde capitalizou a proibição do TikTok em 2020. Atualmente, um quarto dos usuários globais do Instagram está na Índia.
Novas ferramentas
Além do novo aplicativo, o Instagram planeja outras ações para fortalecer o Reels:
- Melhor distribuição de vídeos longos: A ideia, contudo, é manter os usuários conectados por mais tempo.
- Lançamento do Edits: Um novo app de edição de vídeos, concorrente do CapCut, da ByteDance.
- Incentivos para criadores de conteúdo: A plataforma, no entanto, tem oferecido pagamentos mensais atrativos para influenciadores postarem exclusivamente no Reels.
A Meta segue determinada a ampliar sua participação no segmento de vídeos curtos, explorando brechas no mercado. Com um app dedicado ao Reels, a empresa pode aumentar a adoção da ferramenta.
E, assim, desafiar diretamente o TikTok, especialmente em um momento em que a rede chinesa enfrenta desafios regulatórios nos Estados Unidos.