Investimento direto no Brasil cai 39,8% no acumulado de janeiro a outubro de 2023, registrando o menor valor desde 2020.
O Investimento Direto no País (IDP) no Brasil sofreu uma queda significativa de 39,8% no acumulado de janeiro a outubro de 2023, atingindo US$ 44,9 bilhões, o menor valor para o período desde 2020. Esta redução é notável, considerando que antes de 2020, o IDP não havia ficado abaixo desse valor desde 2009.
Apesar das projeções do mercado financeiro indicarem uma recuperação para US$ 70 bilhões em 2024, o saldo do IDP até outubro representa apenas 2,74% do PIB, uma diminuição em relação aos US$ 74,5 bilhões registrados em outubro de 2022.
Investimento estrangeiro no Brasil registra menor valor desde início da pandemia
O Investimento Direto no País (IDP) no Brasil registrou uma entrada líquida de apenas US$ 44,9 bilhões no acumulado de janeiro a outubro de 2023, marcando uma queda de 39,8% em comparação com o mesmo período de 2022.
Este valor é o menor registrado para o período desde o início da pandemia de covid-19 em 2020, refletindo um cenário econômico desafiador para o país.
O IDP é uma medida crucial da saúde econômica de um país, indicando o saldo da entrada e saída de recursos voltados para investimentos de longo prazo, como negócios, empresas, abertura de filiais multinacionais e obras de infraestrutura. A queda observada no Brasil é significativa, pois antes de 2020, o IDP não havia registrado valores tão baixos desde 2009.
Apesar dessa queda, o mercado financeiro, segundo o Boletim Focus, aumentou sua projeção para o saldo do IDP em 2023 de US$ 62,6 bilhões para US$ 62,8 bilhões. Para 2024, espera-se uma aceleração do IDP para US$ 70 bilhões. No entanto, o saldo do IDP totalizou US$ 57,5 bilhões no acumulado de 12 meses até outubro de 2023, representando 2,74% do Produto Interno Bruto (PIB), uma queda em relação aos US$ 74,5 bilhões registrados em outubro de 2022.
Em outubro de 2023, o saldo do investimento direto no país foi de US$ 3,3 bilhões, uma queda de 43,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este dado ressalta a necessidade de medidas para estimular o investimento estrangeiro no Brasil e fortalecer a economia do país em um período pós-pandemia.
Economia fraca: pedidos de recuperação judicial aumentam no Brasil
No Brasil, o número de pedidos de recuperação judicial cresceu 55,8% nos sete primeiros meses de 2023, se comparado com o mesmo período de 2022, segundo dados da Serasa Experian. Até o mês de julho, foram 695 requisições, das quais 550 foram deferidas, a maior parte de micro e pequenas empresas. Empresas como a 123 Milhas, Americanas e Starbucks são alguns exemplos que figuram entre as empresas de maior porte.
Para ajudar a sair dessa situação, a recuperação judicial (RJ) é uma forma das empresas evitarem a falência em meio a uma crise financeira, para benefício dos sócios e acionistas, empregados, fornecedores e clientes. A recuperação judicial é a maneira como hoje é conhecida a concordata. Acontece quando a companhia, com dificuldades de quitar seus compromissos, fecha um acordo com seus credores para negociar a dívida e, finalmente, recuperar a estabilidade financeira.
Nesse sentido, muitas empresas buscam somente a consultoria jurídica, deixando de lado a reestruturação empresarial. A consultoria de turnaround exerce um papel fundamental para a recuperação e saúde financeira da empresa, pois é ela quem dá um toque na recuperação judicial. A Assessoria Jurídica especializada em direito empresarial e a Consultoria de Turnaround serão responsáveis por todas as etapas do processo, desde a preparação para ingressar com o pedido de recuperação judicial. O diferencial da consultoria em reestruturação é fazer o diagnóstico profundo na busca de soluções, detectando o motivo da empresa estar em crise, o tamanho e como estancá-la.
Definitivamente, a RJ é uma alternativa que pode evitar prejuízos maiores. Se a empresa conseguir cumprir o plano de recuperação, ela garante os empregos de seus colaboradores, o apoio dos credores e a retomada de suas atividades. Em alguns casos, ela pode sair do processo até mais forte do que antes da crise.