De acordo com o Banco Central (BC), foi informado nesta terça (25) que os ativos de empresas e pessoas físicas brasileiras no exterior em 2019 foram acima de US$ 529 bilhões.
Isso significou um recorde, pois foi a primeira vez que esse volume de bens superou US$ 500 bilhões.
Os portfólios de ativos observados incluem ações, títulos, imóveis, moedas e depósitos ou em empresas no exterior. Os dados foram obtidos por meio das declarações de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE).
Se for comparado a 2018, que registrou um volume de ativos acima de US$ 493 bilhões, a variação percentual indica crescimento de 7,3%.
Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC comentou sobre o caso:
“É muito comum brasileiros, a partir de um determinado nível de renda, manterem atividades empresariais no exterior ou fazer uma poupança em outras moedas, no caso de pessoas físicas”.
Notícias Relacionadas
Mercado e Política
O jogo virou? Quem são os Ministros de Lula que criticaram o dólar alto no governo Bolsonaro
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o real se destacou negativamente ao figurar entre as moedas que mais perderam valor em relação ao dólar. Dados apontam que a moeda brasileira foi a sétima com pior desempenho no mundo naquele período, superando apenas economias fragilizadas como Sudão do Sul, Etiópia, Nigéria, Egito, Gana e […]
Expansão estratégica
Fleury (FLRY3) compra rede Confiance e expande sua atuação no interior paulista
Fleury (FLRY3), um dos maiores grupos de medicina diagnóstica do Brasil, anunciou nesta quinta-feira (28) a aquisição de 100% das quotas da Confiance Medicina Diagnóstica, uma rede de laboratórios com forte atuação em Campinas (SP) e em seis municípios da região. A transação, avaliada em R$ 130 milhões, reforça a estratégia do Fleury de expandir […]
Mudanças
Depósitos judiciais via Pix já movimentam R$142 milhões no BB
Banco do Brasil já recebe depósitos judiciais via Pix e projeta movimentação de R$1 bi por mês O Banco do Brasil (BB) deu um passo significativo na modernização dos depósitos judiciais ao implementar, neste mês, o uso do Pix como meio de pagamento. A medida abrange 14 Tribunais de Justiça estaduais e os 24 Tribunais […]
Impacto fiscal e dívida pública
Pacote fiscal do governo não atende expectativas e deixa desafio da dívida pública intacto, afirmam economistas
O pacote fiscal detalhado nesta quinta-feira (28) pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) gerou reações mistas no mercado. Apesar de atingir a meta de R$ 70 bilhões em ajustes no próximo biênio, economistas avaliaram que as medidas anunciadas têm impacto limitado e não alteram significativamente a trajetória da dívida pública […]
Ainda, ele afirma que ao olhar a pesquisa como um todo, há uma tendência do aumento de investimentos, mostrando consistência “com a tendência das empresas brasileiras aumentarem sua participação no exterior”.
Além disso, o BC também divulgou que os investimentos diretos de empresas estrangeiras no país alcançaram US$ 2,7 bilhões para o mês de julho. Comparado ao mesmo período do ano passado, representou recuo de 49%.
Portanto, a entrada de dólares por via comercial e investimentos diretos, diminui pressão sobre o câmbio, compensando a fuga de recursos financeiros das últimas semanas.
Dólar fecha em queda nesta terça (25)
A respeito do dólar comercial, ele encerrou terça-feira (25) a R$ 5,527 apresentando recuo de -1,19%.
Um recuo semelhante a esse não era visto desde o dia 13 de agosto, quando a moeda fechou o dia com queda de 1,56%.
Um dos possíveis fatores para o resultado do dólar na terça foi a divulgação das estatísticas dos Estados Unidos.
De acordo com os dados, o índice de confiança do consumidor norte-americano mostrou queda pelo segundo mês seguido em agosto, além do recorde de casos da pandemia do novo coronavírus na maior economia do planeta.
