Hoje se encerra o período de reservas para o IPO da Cruzeiro do Sul Educacional, um dos maiores grupos educacionais do Brasil. Assim sendo, o objetivo é captar aproximadamente R$ 1,3 bilhão em sua oferta primária. Isto é, considerando o preço médio da oferta, que só será precificada amanhã, ao final do processo de bookbuilding.
De acordo com a Cruzeiro do Sul, cerca de 90% dos recursos provenientes do IPO serão para operações de M&A. Além disso, os outros 10% serão para expansão e investimentos greenfield.
Hoje, a Cruzeiro do Sul é o quarto maior grupo educacional do Brasil, com mais de 50 anos de experiência. Com isso, soma uma média anual de 330 mil alunos e 25 campus, além de 1.134 polos de educação à distância (EAD). A estreia das ações da companhia na B3 está prevista para o dia 11 de fevereiro.
Os números da Cruzeiro do Sul
De 2011 até setembro de 2020, o número de alunos da companhia cresceu 9.8x. Dessa forma, saindo de 35 mil para 341 mil alunos.
Além disso, vale dizer também que a modalidade de ensino à distância ultrapassou a presencial em 2018. Entretanto, a modalidade presencial ainda é responsável pela maior parte da receita da Cruzeiro do Sul.
De acordo com a companhia, a Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e a Universidade de Franca (UNIFRAN) são as que mais contribuem com a receita.
Nos nove primeiros meses de 2020, a Cruzeiro do Sul somou R$ 1,3 bilhão em receita líquida, quase passando 2019 inteiro. Quanto a isso, podemos ver um crescimento gradual em sua receita ao longo dos anos. Contudo, com o EBITDA somando R$ 222 milhões no período, a margem foi a menos nos últimos 3 anos, ficando em 16,7%.
Por fim, a Cruzeiro do Sul registro um prejuízo líquido de R$ 78 milhões nesse período. Dessa forma, pondo fim ao crescimento constante dos últimos anos. Seu negócio foi mais um dos que sofreram devido a pandemia.