A incorporadora Cury (CURY3) fixou no inicio desta sexta-feira, 18, o preço de R$ 9,35 por ação em sua oferta pública inicial (IPO) – initial public offer em inglês – o que a faz captar R$ 977,5 milhões. O preço definido ficou abaixo da faixa indicativa, que ia de R$ 11,00 a R$ 14,30. De acordo com o fato relevante publicado pelo Cury, desse montante, quase R$ 170 milhões irão para o caixa da empresa.
Entretanto, essa não é a primeira companhia a diminuir o preço de suas ações. No último mês, cinco empresas fizeram a mesma coisa – Pague Menos, Lavvi, JSL Logística (JSLG3) e Plano&Plano. Além desses, a o grupo educacional brasileiro Uniasselvi – ainda com oferta em andamento no mercado americano – também reduziu sua faixa de preço hoje.
Todavia, no caso da Cury já era esperado uma pressão de preço dos investidores. Além de ser do mesmo setor, a operação da Cury tinha a Cyrela (CYRE3) entre os acionistas vendedores. Além disso, o BTG Pactual (BPAC11) liderou o IPO da Cury e também havia liderado o IPO da Levvi. O Itaú (ITUB4), Bank of America e Caixa Econômica Federal também coordenaram a oferta.
Sobre a Cury
(Infomoney) – A Cury é uma companhia subsidiária da Cyrela voltada a empreendimentos residenciais focados na baixa renda. Fundada em 7 de maio de 1963, a Cury passou, em 2007, a se chamar Cury Construtora e Incorporadora, fruto de joint-venture entre a Cyrela e a Cury Empreendimentos.
De acordo com prospecto, o lucro líquido da Cury foi de R$ 204,057 milhões em 2019, ante R$ 176,01 milhões de 2018. Já a receita líquida foi de R$ 1,019 bilhão no ano passado, ante R$ 920,253 milhões em 2018. A companhia informou que, em 2019, teve um total de 14 lançamentos realizados, o que representa um total de R$ 1,140 bilhão em Valor Geral de Vendas (VGV).