IPO: Shein busca valorização para estrear "brilhando" em Wall Street

A Shein está considerando uma avaliação de até US$ 90 bilhões em uma possível oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos. Isso supera significativamente sua avaliação em negociações privadas, mas a volatilidade do mercado pode afetar o momento da listagem. A Shein, conhecida por sua moda ultrarrápida, enfrenta desafios que incluem concorrência intensa e preocupações com direitos autorais e trabalho forçado. A empresa já foi avaliada em US$ 100 bilhões em 2022, mas as avaliações caíram desde então, refletindo as condições econômicas incertas e taxas de juros mais altas.

A Shein, uma das gigantes da moda ultrarrápida, está explorando a possibilidade de realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos com uma avaliação que pode chegar a impressionantes US$ 90 bilhões, conforme fontes familiarizadas com o assunto. Esta avaliação supera significativamente os valores em negociações privadas, mas o momento do IPO permanece incerto devido à volatilidade do mercado.

A empresa de comércio eletrônico de moda rápida tem conquistado reconhecimento internacional por vender roupas elegantes, como camisas e trajes de banho, a preços extremamente acessíveis, muitas vezes a partir de US$ 2 por item. Durante a pandemia, suas vendas diretas ao consumidor por meio do comércio eletrônico decolaram nos Estados Unidos, e a Shein se tornou um dos aplicativos de compras mais baixados no país, especialmente entre adolescentes e mulheres jovens.

No entanto, a avaliação da Shein em negociações privadas caiu recentemente, ficando abaixo dos US$ 66 bilhões obtidos em maio em uma rodada de financiamento. As transações de participações no mercado secundário avaliaram a empresa em cerca de US$ 50 bilhões a US$ 60 bilhões. Essa discrepância entre a avaliação atual em negociações privadas e a avaliação desejada para o IPO destaca as preocupações dos investidores em relação aos desafios que a Shein enfrenta.

Esses desafios incluem a crescente concorrência no setor de moda rápida, alegações de violação de direitos autorais e preocupações sobre o uso de trabalho forçado em sua cadeia de suprimentos. Todos esses fatores podem complicar as ambições da Shein de realizar um IPO de sucesso.

Vale ressaltar que a Shein já foi a terceira startup mais valiosa do mundo em 2022, quando uma rodada de financiamento avaliou a empresa em US$ 100 bilhões. No entanto, como muitas outras startups e empresas de tecnologia, sua avaliação caiu desde então, à medida que os investidores se tornaram mais cautelosos em relação aos ativos de risco, considerando o ambiente de incertezas econômicas e taxas de juros mais elevadas.

A Shein, originalmente fundada na China, recentemente transferiu sua sede para Cingapura e tem trabalhado para se distanciar de suas raízes chinesas. Apesar disso, a maior parte de suas roupas vendidas nos EUA ainda é proveniente de fornecedores localizados no sul da China. A empresa também anunciou planos de adquirir produtos de outros países.

Para enfrentar esses desafios e liderar sua expansão global, a Shein contratou Marcelo Claure, ex-executivo do SoftBank Group Corp., no início deste ano. Claure também é investidor na Shein e foi recentemente promovido a vice-presidente-executivo global da empresa. Ele supervisionará a operação da empresa na América Latina em seu novo cargo.