Quem entrou no ranking foi a Alemanha, que também se encontra em retrocesso econômico
O PIB (Produto Interno Bruto) do Japão encolheu 0,4% no último trimestre de 2023 (ritmo anualizado). Os dados foram disponibilizados pelo Gabinete do Governo japonês nesta quinta (15). Entre os meses de Julho a Setembro, a queda foi de 3,3%, conforme o documento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), já havia previsto, em outubro de 2023, a troca de posições no ranking das três primeiras maiores economias mundiais. Anteriormente, o Japão estava em 3º lugar, agora, com a queda no desenvolvimento do PIB, a Alemanha tomou o lugar. Agora, o Japão apresenta US$4,21 trilhões, contra US$4,46 trilhões da Alemanha.
Um dos principais agentes que auxiliou a queda, foi a contração de 800 mil habitantes em 2022. Esse foi o 14º ano consecutivo de diminuição da população do país. Dessa forma, há menos gente para produzir e para consumir.
Outros motivos que são obstáculos na recuperação econômica do Japão são a diminuição da demanda de exportações para a China, e a interrupção de produção de uma fábrica da Toyota Motor Corp.
Metade da atividade econômica do país é representada pelo consumo privado, que teve queda de 0,2%. Isso se deu, principalmente, pelo clima. Com o aumento das temperaturas, a venda de roupas de inverno não foi satisfatória. Outra questão é o aumento do custo de vida, que desencoraja famílias a gastar em restaurantes, por exemplo.
Em declaração à coletiva de imprensa, o Ministro da Economia japonês, Yoshitaka Shindo, comenta que é necessário manter o crescimento de salários de forma consistente, para que seja possível sustentar o consumo (que, segundo ele, está sem impulso, por conta do aumento dos preços).
Recessão pela mundo
A contração no crescimento econômico não atinge apenas o Japão. Assim como ele, o Reino Unido também se encontra neste estágio, mesmo com o crescimento populacional e o aumento dos salários, o PIB cresceu, ao todo, 0,1% em 2023.
A Alemanha, apesar de ter subido de posição, também enfrenta dificuldades econômicas. Isso se dá pelo apoio na invasão na Ucrânia, as fontes energéticas do país que vêm aumentando o preço e a redução das exportações devido à competitividade com a China.
Por outro lado, os Estados Unidos segue liderando o ranking de primeira economia mundial e, aparentemente, continuará por mais tempo. O PIB do país cresceu acima do que era esperado. O mercado de trabalho se mantém com uma taxa de desemprego de 4% há 2 anos, não há dependência da energia russa e o estímulo financeiro à população durante a pandemia ainda dá retornos.
Nessa lista, o Brasil se encontra em 9º lugar, com um PIB de US$2,13 trilhões, ultrapassando países como o Canadá, Rússia, Suíça e Espanha. O FMI projeta que, em 2026, o país suba mais uma posição, com um PIB de aproximadamente US$2,47 trilhões.