JBS, Marfrig ou Minerva? Qual a melhor opção para comprar hoje?

O banco Santander divulgou nesta semana um relatório repleto de projeções e perspectivas para as empresas do setor de alimentos em 2024, com especial atenção voltada aos frigoríficos. O relatório sinaliza um cenário promissor para algumas empresas, enquanto outras enfrentam desafios e incertezas.

Segundo o Santander, a JBS (JBSS3) e a Marfrig (MRFG3) estão em uma posição favorável, com o banco mudando a recomendação para compra. As projeções indicam preços-alvos de R$ 37 para a JBS e R$ 15,70 para a Marfrig até o final de 2024. O impulso nos lucros da JBS está em ascendência, beneficiando-se da normalização do excesso de oferta de frango e de um forte desempenho na Austrália. A potencial listagem da JBS nos Estados Unidos é vista como um passo transformacional que poderia inaugurar uma nova fase de crescimento para a empresa, além de possibilitar o acesso a uma nova base de investidores e opções de financiamento.

Para a Marfrig, o otimismo do Santander se baseia em três fatores chave: a negociação da empresa abaixo do valor de sua participação na BRF, um modelo de negócio mais resiliente nos Estados Unidos e margens estruturalmente mais altas na América do Sul após a venda de um ativo para a Minerva.

A Minerva (BEEF3), por outro lado, foi rebaixada para neutro, com um preço-alvo de R$ 8. As incertezas relacionadas à aquisição de ativos da Marfrig são um fator crucial nessa avaliação. O Santander aponta para os riscos associados a uma potencial reversão do ciclo da pecuária no Brasil antes da desalavancagem da empresa e às incertezas quanto ao momento da conclusão do negócio.

A BRF (BRFS3) continua com uma perspectiva neutra, com o Santander estabelecendo um novo preço-alvo de R$ 16. O banco expressa preocupações com a forte dinâmica dos lucros da BRF, que podem estar em risco devido à potencial recuperação nos preços do milho, influenciada por secas nas principais regiões produtoras do Brasil. Embora se espere um forte impulso nos resultados no curto prazo, devido à deflação dos custos de alimentação e melhores preços de produtos de carne fresca no Brasil, o cenário de longo prazo permanece incerto.

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