A polêmica em torno da memecoin $TRUMP, ligada ao presidente dos EUA, Donald Trump, acaba de ganhar um novo capítulo! Jornalistas do Financial Times (FT) investigaram a fundo a criptomoeda e descobriram que Trump e sua equipe podem ter lucrado CENTENAS DE MILHÕES DE DÓLARES com o projeto.
A investigação analisou os dados da blockchain Solana, onde a $TRUMP foi criada, e revelou que a maior parte do dinheiro arrecadado com as vendas iniciais da memecoin foi retirada do principal pool de liquidez em 5 de fevereiro, poucas semanas após o lançamento.
Segundo o FT, foram retirados cerca de US$ 350 milhões, dos quais US$ 291 milhões foram reinvestidos em outro pool de liquidez. Mas o que chamou a atenção foi a quantidade de tokens $TRUMP enviada para as exchanges (corretoras de criptomoedas) que listaram a moeda.
Foram 14,7 milhões de tokens enviados para as exchanges no dia 18 de janeiro, quando a cotação mais baixa da $TRUMP era de US$ 11,23. Fazendo as contas, essa transação poderia ter gerado pelo menos US$ 165,1 milhões. Somando esse valor ao dinheiro retirado dos pools de liquidez, o lucro total dos responsáveis pelo projeto poderia chegar a US$ 515,1 milhões!
“Pump and dump”: a estratégia polêmica por trás da $TRUMP?
Especialistas ouvidos pelo FT apontam para um claro risco de manipulação de mercado no caso da $TRUMP. Isso porque Trump, como uma figura pública influente, incentivou seus seguidores a comprar a memecoin, que é um ativo especulativo e sem fundamentos econômicos sólidos.
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O problema é que Trump e sua equipe tinham controle sobre a quantidade e o preço inicial da $TRUMP, podendo vender a moeda mais caro para os novos investidores. Essa prática é conhecida como “pump and dump“: inflar artificialmente o preço de um ativo para depois vendê-lo e lucrar com a alta.
A pressão regulatória sobre as memecoins diminuiu nos EUA. A SEC (a CVM americana) emitiu um parecer indicando que esse tipo de token não seria considerado um valor mobiliário, ou seja, ficaria fora da alçada do órgão regulador.
Agora, as memecoins são vistas como itens colecionáveis comprados para fins de entretenimento e interação social. Mas isso não significa que fraudes envolvendo memecoins fiquem impunes. Outros órgãos federais ou estaduais ainda podem investigar e punir irregularidades.
E no Brasil? Regras mais rígidas para as exchanges
No Brasil, o Banco Central (BC) está discutindo novas regras para a negociação de criptomoedas. Uma das propostas é que as exchanges não possam listar qualquer token sem antes esclarecer suas características aos usuários.
As plataformas teriam que fazer uma análise criteriosa do emissor e da moeda digital, verificando se há risco de fraude. A ideia é proteger os investidores e evitar que eles sejam enganados por projetos como a $TRUMP.
