
O JP Morgan adotou uma postura mais otimista em relação as criptomoedas, destacando uma série de fatores que podem impulsionar o setor durante o restante de 2025.
O banco decidiu mudar o tom, após um início de ano com desempenho medíocre de fundos de hedge e CTAs (Commodity Trading Advisors) focados em criptomoedas.
Entre os principais catalisadores para esse otimismo está a expectativa de uma onda de adoção institucional.
Assim, o banco destacou a continuidade das compras de Bitcoin por empresas como a MicroStrategy (MSTR) e outras corporações que acumulam o ativo digital, reforçando sua posição nas carteiras.
Além disso, o JPMorgan ressaltou avanços políticos importantes, como o crescente número de estados norte-americanos que passam a permitir a inclusão do Bitcoin em suas reservas estratégicas, bem como o progresso regulatório esperado em áreas como derivativos de criptomoedas e stablecoins.
Essas mudanças são vistas como fundamentais para aumentar a confiança e atrair um maior volume de investidores institucionais tradicionais para o mercado cripto.
Embora os ativos digitais tenham enfrentado volatilidade — com queda de 17,9% no primeiro trimestre de 2025, depois de um ano forte em 2024 — o banco aposta que a clareza regulatória e a expansão dos casos de uso funcionarão como ventos favoráveis para o setor.
Retorno projetado sobre as criptomoedas
O JPMorgan projeta um retorno médio de 10% para os ativos digitais em 2025, a maior expectativa entre as classes de investimentos alternativos dentro do seu modelo de alocação atualizado.
Para isso, o banco está reduzindo sua exposição a outras alternativas como private equity, crédito privado e imóveis, enquanto aumenta a aposta em criptomoedas, fundos de hedge e ações públicas tradicionais.
Apesar do renovado interesse, o JPMorgan observa que os fundos de hedge de criptomoedas ainda ficam atrás do desempenho do próprio Bitcoin, evidenciando que gestores ativos no segmento não têm superado os fundos passivos.
Por fim, a instituição relaciona o fluxo de entrada em criptomoedas a um fenômeno que chama de “negociação de desvalorização”, motivada por preocupações persistentes com inflação, déficits fiscais e perda de confiança nas moedas fiduciárias.