O JPMorgan ajustou sua recomendação para os títulos brasileiros em dólar, reduzindo de “overweight” para “marketweight” devido ao atual impasse fiscal e à expectativa de maior emissão de eurobonds pelo governo federal. O banco alertou que a resolução das questões fiscais pode demorar mais do que o esperado, gerando estresse adicional nos mercados locais.
A decisão foi tomada com base em uma análise dos riscos fiscais que, segundo o JPMorgan, são mais elevados do que se imaginava inicialmente. A falta de avanços concretos na reforma fiscal e o aumento potencial das emissões de eurobonds, um movimento que pode pressionar ainda mais a dívida externa, estão entre os principais pontos de preocupação.
JPMorgan mantêm visão construtiva para o crédito brasileiro
Apesar do rebaixamento, o banco permanece otimista sobre o crédito brasileiro, projetando um crescimento econômico superior às expectativas para 2025. A política monetária independente do Brasil e a trajetória positiva da inflação também foram apontadas como fatores que sustentam essa visão construtiva.
“Os fatores positivos, como um crescimento robusto e a política monetária independente, continuam a ser forças importantes, mas os desafios fiscais permanecem como um obstáculo significativo”.
afirmou um analista do JPMorgan.
África do Sul em Alta
Em contraste com o Brasil, o JPMorgan elevou sua recomendação para a África do Sul, agora considerada “overweight”. A melhoria nas perspectivas de crescimento e as recentes declarações fiscais após as eleições, além do espaço para recuperação dos spreads, foram citados como os principais impulsionadores dessa mudança.
O banco segue monitorando de perto os desenvolvimentos fiscais em ambas as regiões, com foco em como esses fatores impactam o comportamento dos mercados globais.