Estamos na abertura de mais um pregão na bolsa de valores, e hoje, em especial, o investidor precisa manter seus olhos não só no Brasil, como no cenário internacional.
Com os principais mercados asiáticos fechados devido a feriados, os índices futuros dos Estados Unidos operam em queda nesta terça-feira (3). As quedas já precificam as possíveis mudanças de amanhã, com o FED alterando a taxa de juros básica da economia americana, que dita os rumos do mercado global.
O dólar abriu em queda nesta manhã, a R$ 5,0388 (-0,67%), com o futuro a R$ 5,0840 (-0,90%), em linha com o exterior. A moeda realiza lucros ante pares (DXY aos 103,181 pontos, -0,54% ) e emergentes em cenário de menor disposição ao risco, com futuros de NY em queda e retornos dos Treasuries mistos. Na busca por proteção, a note de 10 anos cai a 2,95%, de 2,97%. O investidor aguarda pelos comentários de Powell amanhã sobre o ritmo de aperto monetário, já precificada a alta de 50 pb nos juros americanos. No âmbito doméstico, o Copom sinalizou Selic a 12,75% em maio e o mercado aposta que o ciclo de altas deve continuar, em meio ao dólar pressionado e inflação alta.
Precificando os movimentos citados, o Ibovespa abre “sem rumo” nesta manhã, ainda sem uma direção totalmente definida, aos 106 mil pontos.
O que acontece na B3?
A bolsa brasileira abre com movimentações alinhadas com o mercado internacional. O destaque novamente fica por conta das ações dependentes do petróleo. A recente estimativa que a economia Chinesa ira “frear” está preocupando o mercado e abalando os preços do Petróleo. O petróleo tem queda de mais de 1,5% em ambos os contratos de referência, sob dois temas importantes: o embargo ao petróleo russo pela UE e os bloqueios na China, com Pequim relatando dezenas de novos casos diariamente e testando em massa os moradores para evitar um bloqueio semelhante ao de Xangai no mês passado. A queda se reflete na B3, com as ações da 3R Petroleum e PetroRio figurando entre as principais quedas. No outro lado da moeda, a queda na commodity afeta positivamente as aéreas, que dependem do combustível. Destaque para Gol que marca presença entre as maiores altas.