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LFTS11: conheça o primeiro ETF de títulos do Tesouro Selic

Foto/Reprodução GDI
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O novo ETF de renda fixa da bolsa é o primeiro de títulos atrelados à Selic. Saiba mais sobre as vantagens e desvantagens deste produto.

Conheça o LFTS11

O LFTS11 é o primeiro ETF de LFTs do mercado brasileiro e acompanha o índice Teva Tesouro Selic, desenvolvido pela Teva Indices. O índice seleciona títulos públicos pós-fixados com vencimentos acima de dois anos e tem um desempenho altamente aderente ao DI.

Por ser um ETF de renda fixa, o LFTS11 é isento de IOF, não possui cobrança de come-cotas e taxa sobre performance. Além disso, por conta do prazo da carteira, o fundo possui tributação diferenciada.

O ETF foi lançado em novembro de 2022, conta com a gestão da Investo e está disponível para negociação na B3 sob o ticker LFTS11.

Vantagens do LFTS11

O LFTS11 é isento de IOF, o que torna o retorno atrativo quando comparado com outros investimentos, como CDBs, fundos ativos de renda fixa e compromissadas, por exemplo. Segundo dados divulgados pela Teva Indices a isenção de IOF resulta em um retorno médio 4,2 vezes maior nos 30 primeiros dias de investimento do que um CDB com remuneração de 100% do DI.

No longo prazo, a não incidência de come-cotas, taxas sobre performance e a tributação diferenciada também são vantajosas. O ETF apresenta um desempenho superior à um CDB com remuneração de 100% do DI em qualquer prazo até 720 dias, com a taxa equivalente saindo de 112,2% em investimentos de até 30 dias até 102,3% para prazos de 720 dias.

Além disso, o LFTS11 é uma maneira prática de investir em títulos públicos, pois é um fundo negociado em bolsa, com liquidez de D+1 e com rolagem automática dos títulos, o que facilita a gestão de carteiras de investimento.

Desvantagens

Para investimentos com prazo superior a 720 dias, o efeito positivo da tributação diferenciada do LFTS11 perde efeito. Isso acontece porque os demais produtos de renda fixa, que possuem tributação regressiva, apresentarão a mesma alíquota de Imposto de Renda.

Outro ponto importante é a liquidez do ativo, que apesar de ser em D+1, pode não atender investidores que buscam investimentos com liquidez em D0.

LFTS11 ou Tesouro direto?

Para investimentos superiores a R$ 10.000,00 no Tesouro Direto, há cobrança da taxa de custódia de 0,20% ao ano por parte do Tesouro. Isso significa que é mais caro para o investidor manter o dinheiro investido diretamente em LFTs do que investir no LFTS11, que possui taxa de administração de 0,19% ao ano.

Além disso, o investidor que opta pelo Tesouro Direto precisa se atentar aos vencimentos dos títulos e à diversificação de sua carteira. Para quem não quer se preocupar com isso, o LFTS11 é uma opção interessante, pois além da facilidade de negociar suas cotas na bolsa com liquidez de D+1, o fundo é diversificado em diversos títulos (8 atualmente) e rebalanceado automaticamente, ou seja, a rolagem de ativos próximos ao vencimento é feita sem a necessidade de atuação do investidor.

Desempenho do Índice Teva Tesouro Selic

Como o LFTS11 foi lançado recentemente, uma maneira de avaliar sua performance é através do seu índice de referência, o Teva Tesouro Selic. No acumulado de 2022 (até o dia 07/11/2022), o índice valorizou 10,8%, contra um aumento de 10,2% do DI. Em janelas de tempo mais longas o índice continua bastante aderente ao DI, com uma valorização de 12,2% e 16,6% nos últimos 12 e 24 meses, respectivamente, enquanto o índice DI valorizou 11,6% e 15,4% nos mesmos períodos.

Conheça o índice Teva Tesouro Selic

De acordo com a metodologia da Teva, são elegíveis ao índice LFTs com no mínimo 730 dias corridos até a data de vencimento e com volume mensal de negociação no mercado secundário igual ou superior a R$ 500mm no mês anterior ao rebalanceamento.

Para cada LFT elegível é atribuído um peso proporcional ao seu valor de mercado. Os rebalanceamentos do índice ocorrem mensalmente e a precificação dos títulos é realizada de acordo com os preços definitivos do mercado secundário.

Vale a pena investir no LFTS11?

Para quem busca retornos aderentes ao DI ou um fundo para gestão de caixa e liquidez, o LFT11 pode ser uma alternativa eficiente e prática, pois além do custo mais baixo, o fundo é negociado em bolsa, com liquidez de D+1 e tem risco reduzido, uma vez que sua carteira é formada inteiramente por títulos públicos pós-fixados.