Empresas de Criptomoedas

Licenciamento de empresas cripto pode levar até três anos, diz Banco Central

O Banco Central estima que o processo de licenciamento para empresas de criptomoedas no Brasil pode demorar até três anos e prevê até 100 pedidos de licença ainda em 2025.

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Licenciamento de empresas cripto pode levar até três anos, diz Banco Central

O Banco Central do Brasil (BC) informou que o processo de emissão de licenças para empresas de criptomoedas pode levar até três anos. A autarquia estima receber até 100 pedidos de licença em 2025, segundo Carolina Bohrer, chefe de unidade do Departamento de Regulação do BC.

O BC está avaliando o potencial e o tamanho do mercado de criptomoedas no Brasil. Apesar da nova demanda de trabalho, não há previsão de contratações por concurso público. Uma equipe dedicada ao segmento cripto está sendo criada internamente.

A agilidade na emissão das licenças dependerá da qualidade das informações fornecidas pelas empresas. Pedidos incompletos podem levar à negação da licença e até mesmo à obrigatoriedade de encerramento das operações.

O mercado espera que o BC divulgue as novas regras para o setor até o final do primeiro semestre de 2025. A regulamentação está dividida em etapas:

  1. Prestadoras de Serviços de Ativos Digitais (VASPs): Define critérios e obrigações para VASPs, que serão divididas em intermediárias, custodiantes e corretoras. Exige segregação patrimonial, sede no Brasil, e sistemas de controle de riscos e prevenção à lavagem de dinheiro.
  2. Stablecoins: Regulamenta as stablecoins, criptomoedas pareadas a outros ativos. A consulta pública sobre o tema está em andamento, com prazo para contribuições até 28 de fevereiro.

As propostas para VASPs foram bem recebidas pelo mercado, enquanto as regras para stablecoins geraram controvérsia, com a avaliação de que podem inviabilizar operações.

Bitcoin: “Cruz da Morte” e outros indicadores sugerem estagnação

Ainda sobre o mercado cripto, o Bitcoin (BTC) recuperou-se modestamente hoje, atingindo a marca de US$ 100 mil, mas uma retração subsequente e o surgimento de um padrão técnico conhecido como “cruz da morte” levantam preocupações sobre a possibilidade de estagnação do preço no curto prazo.

A “cruz da morte” ocorre quando a média móvel de curto prazo (30 dias) cruza abaixo da média móvel de longo prazo (365 dias). Esse padrão sugere que os movimentos de preço de curto prazo podem não ser suficientes para sustentar uma tendência de alta, indicando possíveis quedas ou períodos prolongados de movimentação lateral. O analista Yansei Dent, da CryptoQuant, destaca esse padrão como um sinal de alerta para traders e investidores.

Queda nos Endereços Ativos e no Momento do Mercado

A queda nos endereços ativos do Bitcoin, um indicador de uso da rede e interesse dos investidores, corrobora a perspectiva de estagnação. A menor atividade sugere uma possível retração dos investidores, seja por cautela ou pela crença de que o preço atingiu um platô temporário.

O NVT Golden Cross, que mede a relação entre o valor de mercado do Bitcoin e o volume de transações na rede, também está em território negativo (-1,1), indicando que o valor de mercado não é mais sustentado por uma atividade de transações adequada.