Empresas

Lucro do Bradesco (BBDC4), Minerva (BEEF3) vira o jogo e Taesa (TAEE11) distribui dividendos: veja as ações que são destaques nesta quinta-feira (8)

Confira os papeis que estão na mira dos investidores hoje

Bradesco
Marilia, São Paulo, Brasil, 10 de fevereiro de 2023. Fachada de Bradesco banco filial assinar na cidade de Marilia, de Marilia, região centro-oeste do Estado de SP. — Foto de alfribeiro

Bradesco (BBDC4), Minerva (BEEF3), Taesa (TAEE11), Raízen (RAIZ4) e mais ações protagonizam os destaques no noticiário corporativo desta quinta-feira (8). 

Entre os assuntos estão reversão de prejuízo em lucro e dividendos gordos anunciados por grandes companhias listadas no Ibovespa (IBOV), principal índice da Bolsa de Valores Brasileira – B3.

Confira as ações que estão na mira do investidor hoje

Bradesco (BBDC4) surpreende com balanço do 1° tri

O Bradesco (BBDC4) surpreendeu o mercado com um lucro recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de 39% ano a ano.

Esse desempenho superou as expectativas do consenso de mercado, que previa lucro entre R$ 5,3 bilhões a R$ 5,4 bilhões.

Diante desse resultado, investidores se animaram e as ADRs do banco em Nova York saltaram 5,2%.

O desempenho reflete uma melhora operacional consistente após trimestres de rentabilidade abaixo dos pares e indicadores de inadimplência elevados. A margem financeira com clientes – que reflete o ganho com operações de crédito – cresceu 15,5% em um ano e chegou a R$ 16,7 bilhões

No total, a margem financeira do banco subiu 13,7%, para R$ 17,233 bilhões, mesmo com a queda de 26,7% na margem com mercado.

Outro destaque positivo foi o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROAE), que alcançou 22,4%, avanço de 2,6 pontos percentuais na comparação anual. 

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) trimestral também surpreendeu: subiu para 14,4%, superando as expectativas, embora ainda abaixo dos 17,4% reportados pelo Santander Brasil (SANB11), seu principal concorrente.

Minerva (BEEF3) vira o jogo e lucra R$ 185 milhões no 1T25

A Minerva (BEEF3) começou 2025 com o pé direito: reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 185 milhões no primeiro trimestre, impulsionada pela integração das 13 plantas adquiridas da Marfrig e por embarques acelerados para Estados Unidos e China.

A empresa – maior exportadora de carne bovina da América do Sul – viu o EBITDA (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) crescer 53,1%, para R$ 962,5 milhões, e a receita líquida bater recorde, saltando 55,8%, para R$ 11,19 bilhões.

A estratégia de antecipar exportações à cota livre de impostos para os EUA, antes do tarifaço de Donald Trump, ajudou a blindar os resultados. 

Só as novas plantas geraram R$ 1,48 bilhão em receita bruta, um salto de 94,9% sobre o trimestre anterior.

O caixa ficou negativo em R$ 514 milhões por conta do estoque acumulado, mas a empresa aposta no retorno com vendas futuras ao mercado americano.

Apesar das incertezas globais, a Minerva projeta preços da carne bovina em alta de até 10% e mira uma receita entre R$ 50 bilhões e R$ 58 bilhões em 2025 — bem acima dos R$ 34 bilhões de 2024.

Auren (AURE3) lucra menos no 1° tri, após incorporação da AES Brasil

A Auren Energia (AURE3) viu seu lucro líquido cair 64,3% no primeiro trimestre de 2025, fechando em R$ 54 milhões contra R$ 151,3 milhões no mesmo período do ano passado. Foi o primeiro trimestre cheio após a fusão com a AES Brasil, que transformou a Auren na terceira maior geradora de energia do país.

Apesar da queda no lucro final, o resultado operacional impressionou: o EBITDA ajustado proforma saltou 65,7% e atingiu R$ 1,2 bilhão, puxado principalmente pelo segmento de geração, que representou R$ 1,1 bilhão — alta de 50% com o maior volume de energia produzido.

A companhia, controlada por Votorantim e CPP Investments, destacou os avanços na integração da AES Brasil, uma transação de R$ 7 bilhões

O processo deve ser concluído no segundo semestre deste ano e já começou a render frutos: foram R$ 56 milhões em sinergias no trimestre, com corte de custos em pessoal, serviços e materiais.

Outro destaque foi a queda da alavancagem financeira, que passou de 5,7 vezes para 5 vezes em 12 meses, refletindo o ganho de escala e maior geração de caixa.

Engie (EGIE3): venda da TAG derruba lucro em 51%

A Engie Brasil (EGIE3) registrou lucro líquido de R$ 826 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 51% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O recuo foi atribuído a um efeito pontual: a venda da participação na TAG (Transportadora Associada de Gás), que havia inflado os números de 2024.

Mesmo com o declínio no lucro, a operação da empresa seguiu em alta. A receita operacional líquida somou R$ 3 bilhões, alta de 15,5%, enquanto o EBITDA ajustado cresceu 12,4% e atingiu R$ 2 bilhões.

A dívida líquida da companhia subiu 26% no período, totalizando R$ 20,6 bilhões. Ainda assim, a alavancagem se manteve estável em 2,7 vezes o EBITDA, repetindo o nível do último trimestre de 2024.

Espaçolaser (ESPA3) controla despesas e vê lucro saltar 72,8% no 1° trimestre

A Espaçolaser (ESPA3) acelerou no início de 2025. A rede de depilação a laser registrou lucro líquido de R$ 22,9 milhões no primeiro trimestre, uma alta expressiva de 72,8% em comparação ao mesmo período de 2024. 

Segundo a companhia, o bom desempenho reflete o controle de despesas, o aumento do tíquete médio dos atendimentos e uma mudança na metodologia de cancelamentos.

A receita líquida avançou 5,4%, totalizando R$ 289,7 milhões. Ao fim de março, a rede somava 806 lojas no Brasil, sendo 561 próprias e 245 franquias. 

Enquanto isso, o EBITDA da empresa chegou a R$ 80,2 milhões, crescimento de 8,6%, com a margem subindo para 27,7%. 

A alavancagem financeira também melhorou: a relação entre dívida líquida e EBITDA caiu para 2,01 vezes, frente a 2,3 vezes no primeiro trimestre do ano passado.

JCP: Taesa (TAEE11) vai remunerar acionistas com R$ 188,27 milhões

A Taesa (TAEE3)(TAEE4)(TAEE11) anunciou, na última quarta-feira (7), a distribuição de R$ 188,27 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, com base no lucro apurado no 1° trimestre de 2025.

Os valores por papel foram definidos em R$ 0,1822 por ação ordinária ou preferencial (TAEE3 e TAEE4) e R$ 0,5465 por unit (TAEE11)

O pagamento será realizado em 27 de agosto de 2025, e terão direito aos proventos os investidores com posição acionária em 12 de maio.

Assim, a partir de 13 de maio, as ações passarão a ser negociadas “ex-JCP”, ou seja, sem direito ao recebimento desses juros.

BlackRock eleva participação na Itaúsa (ITSA4) para 5,073% 

A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, informou que passou a deter 5,073% das ações preferenciais da Itaúsa (ITSA4) em nome de seus clientes, atuando como administradora de investimentos. 

O movimento foi oficializado no último dia 2 de maio de 2025, com a posse de 361.049.971 ações preferenciais da holding.

Segundo a gestora, o investimento é de caráter estritamente financeiro, sem intenção de influenciar o controle ou a administração da Itaúsa.

Além disso, a BlackRock garantiu que não há acordos de voto ou de compra e venda de ações firmados entre a gestora e outros investidores relacionados à empresa.

Norges Bank reduz fatia na Raízen (RAIZ4)

A Raízen (RAIZ4) informou nesta quarta-feira (7) que o Norges Bank Investment Management reduziu sua participação acionária na companhia. 

A gestora norueguesa passou a administrar 67.900.514 ações preferenciais, o que representa 4,997% do total das ações preferenciais emitidas pela empresa.

Taurus Armas (TASA3) vai pagar R$ 25,6 milhões em dividendos

A Taurus Armas (TASA3)(TASA4) comunicou que iniciará o pagamento de R$ 25,6 milhões em dividendos aos seus acionistas, conforme aprovado na Assembleia Geral realizada em 29 de abril de 2025. 

O valor total equivale a R$ 0,2027 por ação, seja ordinária ou preferencial.

Esse pagamento será feito em três parcelas iguais de R$ 0,06756 por ação, com os seguintes cronogramas:

  • 1ª parcela: 20 de maio de 2025
  • 2ª parcela: 22 de julho de 2025
  • 3ª parcela: 23 de setembro de 2025

A princípio, terão direito aos dividendos os acionistas que possuíam papéis da empresa na data-base de 29 de abril. Dessa forma, as ações passaram a ser negociadas ex-direitos em 30 de abril de 2025.

Wilson Sons (PORT3) para R$ 125,86 milhões em dividendos; veja como ter direito

A Wilson Sons (PORT3) comunicou, na última quarta-feira (7), a aprovação da distribuição de dividendos intermediários no valor total de R$ 125,86 milhões, equivalente a R$ 0,2854 por ação ordinária.

A princípio, terão direito ao pagamento os acionistas com posição acionária registrada até o dia 12 de maio de 2025

Assim, as ações passarão a ser negociadas ex-dividendos a partir de 13 de maio.O pagamento será efetuado até o dia 19 de maio, com os créditos sendo realizados de forma individualizada aos acionistas, seja via custodiante ou diretamente pela escrituradora BTG Pactual.

José Chacon
José Chacon

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.

Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.