
Bradesco (BBDC4), Minerva (BEEF3), Taesa (TAEE11), Raízen (RAIZ4) e mais ações protagonizam os destaques no noticiário corporativo desta quinta-feira (8).
Entre os assuntos estão reversão de prejuízo em lucro e dividendos gordos anunciados por grandes companhias listadas no Ibovespa (IBOV), principal índice da Bolsa de Valores Brasileira – B3.
Confira as ações que estão na mira do investidor hoje
Bradesco (BBDC4) surpreende com balanço do 1° tri
O Bradesco (BBDC4) surpreendeu o mercado com um lucro recorrente de R$ 5,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de 39% ano a ano.
Esse desempenho superou as expectativas do consenso de mercado, que previa lucro entre R$ 5,3 bilhões a R$ 5,4 bilhões.
Diante desse resultado, investidores se animaram e as ADRs do banco em Nova York saltaram 5,2%.
O desempenho reflete uma melhora operacional consistente após trimestres de rentabilidade abaixo dos pares e indicadores de inadimplência elevados. A margem financeira com clientes – que reflete o ganho com operações de crédito – cresceu 15,5% em um ano e chegou a R$ 16,7 bilhões.
No total, a margem financeira do banco subiu 13,7%, para R$ 17,233 bilhões, mesmo com a queda de 26,7% na margem com mercado.
Outro destaque positivo foi o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROAE), que alcançou 22,4%, avanço de 2,6 pontos percentuais na comparação anual.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) trimestral também surpreendeu: subiu para 14,4%, superando as expectativas, embora ainda abaixo dos 17,4% reportados pelo Santander Brasil (SANB11), seu principal concorrente.
Minerva (BEEF3) vira o jogo e lucra R$ 185 milhões no 1T25
A Minerva (BEEF3) começou 2025 com o pé direito: reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 185 milhões no primeiro trimestre, impulsionada pela integração das 13 plantas adquiridas da Marfrig e por embarques acelerados para Estados Unidos e China.
A empresa – maior exportadora de carne bovina da América do Sul – viu o EBITDA (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) crescer 53,1%, para R$ 962,5 milhões, e a receita líquida bater recorde, saltando 55,8%, para R$ 11,19 bilhões.
A estratégia de antecipar exportações à cota livre de impostos para os EUA, antes do tarifaço de Donald Trump, ajudou a blindar os resultados.
Só as novas plantas geraram R$ 1,48 bilhão em receita bruta, um salto de 94,9% sobre o trimestre anterior.
O caixa ficou negativo em R$ 514 milhões por conta do estoque acumulado, mas a empresa aposta no retorno com vendas futuras ao mercado americano.
Apesar das incertezas globais, a Minerva projeta preços da carne bovina em alta de até 10% e mira uma receita entre R$ 50 bilhões e R$ 58 bilhões em 2025 — bem acima dos R$ 34 bilhões de 2024.
Auren (AURE3) lucra menos no 1° tri, após incorporação da AES Brasil
A Auren Energia (AURE3) viu seu lucro líquido cair 64,3% no primeiro trimestre de 2025, fechando em R$ 54 milhões contra R$ 151,3 milhões no mesmo período do ano passado. Foi o primeiro trimestre cheio após a fusão com a AES Brasil, que transformou a Auren na terceira maior geradora de energia do país.
Apesar da queda no lucro final, o resultado operacional impressionou: o EBITDA ajustado proforma saltou 65,7% e atingiu R$ 1,2 bilhão, puxado principalmente pelo segmento de geração, que representou R$ 1,1 bilhão — alta de 50% com o maior volume de energia produzido.
A companhia, controlada por Votorantim e CPP Investments, destacou os avanços na integração da AES Brasil, uma transação de R$ 7 bilhões.
O processo deve ser concluído no segundo semestre deste ano e já começou a render frutos: foram R$ 56 milhões em sinergias no trimestre, com corte de custos em pessoal, serviços e materiais.
Outro destaque foi a queda da alavancagem financeira, que passou de 5,7 vezes para 5 vezes em 12 meses, refletindo o ganho de escala e maior geração de caixa.
Engie (EGIE3): venda da TAG derruba lucro em 51%
A Engie Brasil (EGIE3) registrou lucro líquido de R$ 826 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 51% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O recuo foi atribuído a um efeito pontual: a venda da participação na TAG (Transportadora Associada de Gás), que havia inflado os números de 2024.
Mesmo com o declínio no lucro, a operação da empresa seguiu em alta. A receita operacional líquida somou R$ 3 bilhões, alta de 15,5%, enquanto o EBITDA ajustado cresceu 12,4% e atingiu R$ 2 bilhões.
A dívida líquida da companhia subiu 26% no período, totalizando R$ 20,6 bilhões. Ainda assim, a alavancagem se manteve estável em 2,7 vezes o EBITDA, repetindo o nível do último trimestre de 2024.
Espaçolaser (ESPA3) controla despesas e vê lucro saltar 72,8% no 1° trimestre
A Espaçolaser (ESPA3) acelerou no início de 2025. A rede de depilação a laser registrou lucro líquido de R$ 22,9 milhões no primeiro trimestre, uma alta expressiva de 72,8% em comparação ao mesmo período de 2024.
Segundo a companhia, o bom desempenho reflete o controle de despesas, o aumento do tíquete médio dos atendimentos e uma mudança na metodologia de cancelamentos.
A receita líquida avançou 5,4%, totalizando R$ 289,7 milhões. Ao fim de março, a rede somava 806 lojas no Brasil, sendo 561 próprias e 245 franquias.
Enquanto isso, o EBITDA da empresa chegou a R$ 80,2 milhões, crescimento de 8,6%, com a margem subindo para 27,7%.
A alavancagem financeira também melhorou: a relação entre dívida líquida e EBITDA caiu para 2,01 vezes, frente a 2,3 vezes no primeiro trimestre do ano passado.
JCP: Taesa (TAEE11) vai remunerar acionistas com R$ 188,27 milhões
A Taesa (TAEE3)(TAEE4)(TAEE11) anunciou, na última quarta-feira (7), a distribuição de R$ 188,27 milhões em juros sobre capital próprio (JCP) aos seus acionistas, com base no lucro apurado no 1° trimestre de 2025.
Os valores por papel foram definidos em R$ 0,1822 por ação ordinária ou preferencial (TAEE3 e TAEE4) e R$ 0,5465 por unit (TAEE11).
O pagamento será realizado em 27 de agosto de 2025, e terão direito aos proventos os investidores com posição acionária em 12 de maio.
Assim, a partir de 13 de maio, as ações passarão a ser negociadas “ex-JCP”, ou seja, sem direito ao recebimento desses juros.
BlackRock eleva participação na Itaúsa (ITSA4) para 5,073%
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, informou que passou a deter 5,073% das ações preferenciais da Itaúsa (ITSA4) em nome de seus clientes, atuando como administradora de investimentos.
O movimento foi oficializado no último dia 2 de maio de 2025, com a posse de 361.049.971 ações preferenciais da holding.
Segundo a gestora, o investimento é de caráter estritamente financeiro, sem intenção de influenciar o controle ou a administração da Itaúsa.
Além disso, a BlackRock garantiu que não há acordos de voto ou de compra e venda de ações firmados entre a gestora e outros investidores relacionados à empresa.
Norges Bank reduz fatia na Raízen (RAIZ4)
A Raízen (RAIZ4) informou nesta quarta-feira (7) que o Norges Bank Investment Management reduziu sua participação acionária na companhia.
A gestora norueguesa passou a administrar 67.900.514 ações preferenciais, o que representa 4,997% do total das ações preferenciais emitidas pela empresa.
Taurus Armas (TASA3) vai pagar R$ 25,6 milhões em dividendos
A Taurus Armas (TASA3)(TASA4) comunicou que iniciará o pagamento de R$ 25,6 milhões em dividendos aos seus acionistas, conforme aprovado na Assembleia Geral realizada em 29 de abril de 2025.
O valor total equivale a R$ 0,2027 por ação, seja ordinária ou preferencial.
Esse pagamento será feito em três parcelas iguais de R$ 0,06756 por ação, com os seguintes cronogramas:
- 1ª parcela: 20 de maio de 2025
- 2ª parcela: 22 de julho de 2025
- 3ª parcela: 23 de setembro de 2025
A princípio, terão direito aos dividendos os acionistas que possuíam papéis da empresa na data-base de 29 de abril. Dessa forma, as ações passaram a ser negociadas ex-direitos em 30 de abril de 2025.
Wilson Sons (PORT3) para R$ 125,86 milhões em dividendos; veja como ter direito
A Wilson Sons (PORT3) comunicou, na última quarta-feira (7), a aprovação da distribuição de dividendos intermediários no valor total de R$ 125,86 milhões, equivalente a R$ 0,2854 por ação ordinária.
A princípio, terão direito ao pagamento os acionistas com posição acionária registrada até o dia 12 de maio de 2025.
Assim, as ações passarão a ser negociadas ex-dividendos a partir de 13 de maio.O pagamento será efetuado até o dia 19 de maio, com os créditos sendo realizados de forma individualizada aos acionistas, seja via custodiante ou diretamente pela escrituradora BTG Pactual.