Companhia apresentou em seu relatório o prejuízo líquido de R$ 1,6 milhões como resultado do segundo trimestre desse ano. Acompanhe a seguir mais destaques da empresa.
A empresa Vivara Participações S.A. (VIVA3) publicou aos seus acionistas nesta quarta-feira (26), os resultados alcançados para o segundo trimestre de 2020.
Primeiramente, a Receita Líquida da companhia atingiu valor de R$ 137,6 milhões. Comparando o mesmo trimestre do ano de 2019, isso representou uma queda de -54,6%, cujo valor anterior era de R$ 303,3 milhões.
Em seguida, o EBITDA da empresa foi de R$ 12,5 milhões, ante o valor de R$ 174,8 milhões referente ao período 2T19. A variação entre os resultados é da ordem de -92,8%.
Paralelamente, o EBITDA ajustado registrou valor negativo em R$ 421 milhões, revertendo os R$ 60,7 milhões alcançados no período 2T19. Isso representa uma variação negativa de -100,7%.
Também, o Prejuízo Líquido realizado foi de R$ 1,6 milhões representando variação negativa de -101,1%. No ano anterior, para o mesmo trimestre, o lucro foi de R$ 156,8 milhões.
Por fim, o Prejuízo Líquido Ajustado reportado foi de R$ 1,6 milhões, revertendo os R$ 40 milhões alcançados no mesmo período do ano passado. A variação de resultado entre os trimestres é de -104,1%.
De acordo com Marcio Kaufman, CEO da Vivara (VIVA3), o período foi desafiador e os resultados superaram as expectativas, embora estivessem alinhados com as tomadas de decisões feitas.
Segundo a Vivara (VIVA3), o principal fator que explica os resultados foram os efeitos do coronavírus. Devido a isso, a empresa fez o fechamento temporário de todas as lojas e paralisação de sua fábrica, fato que afetou as receitas.
Dessa maneira, as operações seguiram as diretrizes de modelo de negócio verticalizado, foco na atuação da força de vendas e gestão da marca para aproximação do público alvo.
Comércio digital foi aposta da companhia
Nesse contexto, as iniciativas adotadas como resposta foram:
- Projeto Joias em Ação: A iniciativa é um projeto de vendas diretas remota, onde as vendedoras utilizaram abordagem via ligação ou whatsapp. Ele teve seu início com 170 participantes e hoje já conta com 1.600 vendedoras.
- Drive thru: Conforme foi possível fazer reabertura das lojas o formato de Drive thru foi utilizado, sendo que a venda era feita de maneira remota e a retirada se dava no estacionamento dos shoppings. No fim do trimestre a companhia já contava com 19 lojas exclusivamente nesse formato.
- Aceleração da integração dos Estoques: Com enfoque em melhor agilidade, sobretudo aos pedidos online, foi implantado um sistema de integração de 18 praças de seu estoque. Até o momento, esse projeto está em roll-out, mas até o fim do ano, espera-se que todo o estoque seja integrado.
- Aumento da presença digital, marketing digital e data driven: Devido ao fechamento das lojas físicas, a empresa decidiu aumentar a presença no meio digital entrando em novos marketplaces, utilizando os dados de histórico de compras e aprimorando a assertividade na comunicação online com seu público alvo.
Isso resultou num controle seguro dos estoques, de modo que foi possível fazer o fechamento da fábrica temporariamente e atuação de maior impacto no e-commerce, sendo este o maior responsável pela receita da empresa. No trimestre, ele apresentou um crescimento de 387% gerando R$ 108 milhões de reais para a companhia e representando 63,9% do faturamento.
Ademais, as perspectivas futuras da Vivara (VIVA3) visualizam o ritmo de retomada das vendas que gradualmente vem mostrando crescimento após os impactos de paralisação das lojas. Também há um esforço para lidar com os custos de matéria prima, por meio de reprocessamento e ajuste de mix de categoria de joias.
Por fim, o plano de expansão da empresa foi revisado, no entanto permanece em vista onde a companhia alega estar preparada para aproveitar oportunidades de pontos estratégicos, bem como negociações de pontos já mapeados.
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