
O que está acontecendo de fato?
- Em 25 de junho de 2025, a Câmara dos Deputados derrubou, por 383 votos a 98, o decreto presidencial que aumentava o IOF — marcado como a maior derrota política do governo Lula até o momento.
- Insatisfeito, em 1º de julho, o governo enviou ao STF uma Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), pedindo a Corte que reconheça a validade do decreto presidencial e anule a decisão do Congresso.
- O relator, ministro Alexandre de Moraes, reagiu suspendendo tanto os efeitos do decreto quanto a sustação aprovada pelo Congresso, e lançou um prazo de cinco dias para explicações — um passo que muitos interpretam como o STF assumindo papel de árbitro central no embate
STF “fechando” o Congresso?
- O STF não fechou o Congresso nem deslocou o Legislativo do seu papel. O que ocorreu foi a Corte temporariamente intervindo no conflito institucional para evitar impactos imediatos no país.
- O que ainda está nos tribunais é uma disputa jurídica constitucional: quem tem razão — o Executivo com seu decreto ou o Legislativo com sua votação?
- O termo “fechar o Congresso” reflete mais uma ressaltada tensão política do que uma realidade institucional.
Por que isso é alarmante?
Segundo críticos e especialistas, o STF pode se tornar um “puxadinho” do Presidente Lula, que resolve derrotas políticas do PT.
| Risco | Descrição |
|---|---|
| Judicialização da política | Há um número recorde de demandas ao STF, muitas vindas a partir de derrotas no Legislativo — isso tem ampliado o papel da Corte. |
| Precedente perigoso | Se o STF prosperar na ADC, pode se consolidar como recurso legal para resolver derrotas políticas, enfraquecendo a autonomia do Congresso . |
| Crise de equilíbrio | O embate revela falhas nas práticas institucionais e nos canais políticos de negociação entre os Poderes . |
Em resumo não há fechamento de fato do Congresso — há um choque institucional, com o Executivo tentando reverter uma derrota no Legislativo através do Judiciário, e o STF assumindo temporariamente o papel de árbitro nesse conflito.
O risco, porém, é que isso abra caminho para substituir decisões políticas por monocráticas judiciais — uma tendência que preocupa defensores do equilíbrio entre Poderes.