
- O governo Lula escolheu gastar bilhões em propaganda, enquanto setores críticos como saúde e infraestrutura carecem de investimentos urgentes
- Empresas públicas com prejuízos bilionários estão entre as que receberão investimentos em propaganda
- A escolha do governo de investir em autopromoção enquanto a população enfrenta dificuldades gerou críticas generalizadas
Após meses de espera e expectativas, o governo Lula finalmente anunciou o primeiro grande investimento público do ano: R$ 3 bilhões em propaganda oficial.
Este movimento, que soa mais como uma ironia em tempos de crise, reflete a escolha do governo em priorizar a promoção da imagem pública do Executivo em detrimento de ações mais urgentes e essenciais para a população, como saúde, educação e infraestrutura.
R$ 3 bilhões em propaganda
O presidente Lula, em conjunto com a sua equipe, decidiu que o momento não é de resolver questões como o preço dos alimentos ou a falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, sim, de gastar R$ 3 bilhões em publicidade até o final de 2025. A justificativa, ainda que pouco convincente para a maioria, é a necessidade de comunicar as ações do governo e promover suas políticas públicas.
Muitos questionam se esse valor não deveria ser melhor aplicado em áreas que realmente precisam de investimento. O governo é criticado por negligenciar a melhoria dos serviços essenciais enquanto prioriza sua autopromoção.
Para o exato montante anunciado, seria possível, por exemplo, melhorar a distribuição de medicamentos básicos como a insulina, ou até mesmo destinar recursos para a infraestrutura de saúde, que está claramente em crise.
Propaganda para quem?
Entre as instituições que se beneficiarão de recursos públicos para publicidade estão os Correios, o Banco do Brasil e o Inmetro. Os Correios, por exemplo, com um histórico recente de prejuízos e uma gestão que viu a empresa acumular mais de R$ 3 bilhões de perdas em 2024, terão até R$ 380 milhões para gastar em publicidade.
O que, de fato, será anunciado? A superação das metas de prejuízo? A estratégia de comunicação para a empresa está sendo vista mais como uma piada de mau gosto do que como um investimento real.
O Banco do Brasil, por sua vez, vai investir R$ 750 milhões em propaganda. A grande questão que surge é: o banco precisa de mais clientes? As críticas ao desperdício de recursos públicos em publicidade oficial aumentam ao se considerar a realidade do setor público, que negligencia investimentos essenciais, como a construção e manutenção de infraestrutura.
A ironia das prioridades
Esse investimento de R$ 3 bilhões em propaganda tem gerado indignação não apenas pela falta de investimentos em áreas críticas, mas também pelo fato de que o governo decidiu gastar essa quantia para exaltar suas próprias ações e “suas obras”.
O governo investe em publicidade sobre o que não foi feito. Ainda, em vez de apresentar novas conquistas, o que torna a situação ainda mais irônica.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que durante anos defendeu a redistribuição de recursos como um caminho para a prosperidade nacional, está agora alocando grande parte do orçamento federal em campanhas publicitárias. Contudo, quando deveria focar em necessidades concretas e imediatas da população.
O desastre do investimento público
Embora o governo alegue que a propaganda é uma maneira de comunicar as ações positivas e os avanços do governo, a realidade é que muitos brasileiros veem essa estratégia como um desperdício. R$ 3 bilhões poderiam ser aplicados de forma muito mais eficiente em áreas como saúde, educação ou infraestrutura.
O cenário atual, com pontes caindo e hospitais sem recursos para tratamentos básicos, exige soluções práticas. E, portanto, não uma campanha publicitária que gasta bilhões para promover o próprio governo.