O presidente Lula está com uma ideia ousada: usar a tecnologia por trás das criptomoedas para facilitar o comércio entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Mas calma, não é bem o que você está pensando!
Segundo o jornal O Globo, a ideia é aproveitar a blockchain (a tecnologia que garante a segurança das criptomoedas) para reduzir os custos das transações entre os países do BRICS e outros parceiros, como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.
A proposta de criar uma criptomoeda para o BRICS não é nova. A ex-presidente Dilma Rousseff, que hoje comanda o banco do grupo, já havia sugerido essa ideia. Mas a coisa não é tão simples assim…
Um dos principais obstáculos é a possível reação dos Estados Unidos. O ex-presidente Donald Trump já deixou claro que não gosta nada da ideia de uma moeda que possa concorrer com o dólar.
Em janeiro, Trump usou as redes sociais para ameaçar: quem criar uma nova moeda ou apoiar outra que não seja o dólar americano vai enfrentar tarifas pesadas e perder o acesso ao mercado dos EUA.
Lula “morde e assopra”: desafio sem confronto direto
Lula, conhecido por seu estilo “paz e amor” (mas nem tanto!), parece estar adotando uma estratégia de “morde e assopra” com Trump.
Em um evento recente, Lula declarou que não tem medo de “cara feia” e mandou um recado para Trump: quer ser respeitado e que Trump fale “manso” com ele.
Apesar do tom desafiador, a reportagem do Globo sugere que Lula não quer um confronto direto com os EUA. A ideia seria usar a tecnologia das criptomoedas para melhorar o comércio entre os países do BRICS, mas sem promover a “desdolarização” da economia.
Desafios além de Trump: governança e tecnologia
Além da possível reação de Trump, a criação de uma criptomoeda para o BRICS enfrenta outros desafios. Um deles é a governança: quem vai controlar essa moeda? Como as decisões serão tomadas?
Outro desafio é a própria tecnologia. A blockchain é segura, mas ainda é relativamente nova e complexa. É preciso garantir que a criptomoeda do BRICS seja confiável e fácil de usar.
Em fevereiro, o embaixador brasileiro que vai representar o país nas reuniões do BRICS chegou a descartar a criação de uma criptomoeda para o grupo. Mas, como a gente sabe, a política é dinâmica, e as coisas podem mudar rapidamente.