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- Lula critica prefeitos e governantes que não utilizam os serviços públicos que dizem ser bons, como educação e saúde
- Após a crítica de Lula, usuários das redes sociais apontaram que o presidente foi atendido em um hospital privado
- Lula critica a classe política que defende cortes em áreas essenciais, como saúde e educação, prejudicando a população mais vulnerável
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar governantes que não utilizam os serviços públicos que dizem ser de qualidade. Durante um discurso nesta terça-feira (10), Lula apontou a incoerência de prefeitos e outros líderes políticos que elogiam a educação e a saúde pública, mas não fazem uso delas.
Ele questionou o fato de muitos desses governantes optarem por escolas particulares e atendimentos médicos privados, em vez de usar as estruturas que afirmam serem boas para a população.
Lula critica prefeitos e governantes
Em um evento em que o presidente entregou o Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, ele falou diretamente sobre a postura de muitos prefeitos e governantes.
Para o petista, o país só será capaz de avançar quando a classe média voltar a confiar nos serviços públicos de educação e saúde. Durante o discurso, ele apresentou um cenário hipotético de uma conversa com prefeitos:
- Educação: Quando questionado sobre a qualidade da educação, o prefeito responde que está “fantástica”. Ao ser indagado se o próprio filho estuda na escola pública, a resposta foi negativa.
“Ele está em uma escola particular que não presta”, disse Lula, criticando a falta de coerência.
- Saúde: Da mesma forma, ao ser questionado sobre a saúde pública da cidade. O prefeito a considera “espetacular”, mas, quando perguntado onde ele e sua família se atendem, a resposta é “em outro lugar”. Para o presidente, esse tipo de atitude é uma das principais causas da falta de avanço do país.
Lula destacou que a classe média só voltará a usar as escolas e hospitais públicos quando esses serviços melhorarem de fato.
Contradição nas redes sociais
Após as declarações do presidente, usuários das redes sociais lembraram que Lula recebeu atendimento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em dezembro de 2024, para drenar um hematoma na cabeça causado por uma queda.
O chefe do Executivo também tem como seu médico particular o cardiologista Roberto Kalil Filho. Contudo, conhecido por atender grandes figuras públicas e autoridades, incluindo outros ex-presidentes.
Este episódio gerou um debate nas redes sociais, com muitos questionando a postura do presidente ao criticar governantes que utilizam serviços privados, sendo ele próprio atendido em hospitais particulares. A situação gerou uma reflexão sobre as diferenças entre o discurso e a prática dos líderes políticos.
A realidade dos atendimentos públicos
A questão dos atendimentos privados para autoridades não é um fenômeno recente. Hospitais privados como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein, em São Paulo, atenderam ex-presidentes como Michel Temer, Dilma Rousseff e Fernando Collor.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, após ser esfaqueado em 2018, recebeu atendimento inicial na Santa Casa de Misericórdia em Juiz de Fora. Mas, logo foi transferido para o Hospital Albert Einstein.
Esse fato levanta novamente o debate sobre a discrepância entre o que governantes pregam e o que realmente praticam em sua vida pessoal. Muitos afirmam que os governantes devem dar o exemplo e utilizar os serviços públicos que promovem. Especialmente, quando se trata de saúde e educação.
A crítica à classe política
Além de criticar os governantes que não utilizam os serviços públicos, Lula também aproveitou a oportunidade para fazer uma crítica mais ampla aos políticos que defendem o corte de gastos públicos. Em especial, às áreas essenciais como a educação e saúde.
O presidente, portanto, afirmou que “as pessoas que não precisam do serviço público acham maravilhoso cortar gastos”, referindo-se a uma postura que, para ele, enfraquece as estruturas que são vitais para a população mais pobre.
Lula acredita que é necessário investir cada vez mais na qualidade dos serviços públicos para garantir que a sociedade como um todo tenha acesso a um atendimento digno, independentemente de sua classe social.