Magalu voltará aos dias de glória?

Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza (MGLU3), compartilhou otimismo sobre o desempenho da varejista em um evento do BTG Pactual, afirmando que a empresa está a caminho de ter o melhor quarto trimestre dos últimos dois anos. A executiva destacou que o mercado melhorou consideravelmente desde outubro do ano passado.

De acordo com o consenso de mercado compilado pela Bloomberg, o Magazine Luiza está previsto para voltar ao lucro, registrando um ganho de R$ 55 milhões após trimestres de prejuízos. Essa reviravolta nas finanças da empresa é vista como um sinal positivo para os investidores, sinalizando uma recuperação sólida após um período desafiador.

Trajano também ressaltou o enorme potencial de consumo no Brasil, destacando que apenas 24% dos lares brasileiros possuem air fryers e apenas 12% têm panelas elétricas para fazer arroz. Isso evidencia a oportunidade de crescimento para empresas do setor varejista, como o Magazine Luiza, que atuam em um mercado com espaço para expansão.

A empresária também abordou a importância da construção de moradias no Brasil para promover a igualdade social. Ela mencionou a necessidade de construir 20 milhões de casas em 10 anos para atingir esse objetivo. Essa visão não apenas destaca o compromisso social da empresa, mas também sugere possíveis oportunidades de negócios no mercado imobiliário.

A previsão otimista de Luiza Trajano é apoiada pelo mercado e por analistas do Bradesco BBI. Eles elogiaram o aumento de capital injetado pela família Trajano na empresa, destacando que isso não apenas alivia o balanço, mas também reforça o compromisso da família em investir no negócio.

Segundo os analistas do BBI, o aumento de capital ocorre em um momento favorável, já que as taxas de juros estão em um ciclo de queda e a originação de crédito tende a melhorar, impulsionando o consumo discricionário. Eles enfatizam que a estrutura de capital onerosa do Magazine Luiza tem sido um dos principais obstáculos para os resultados financeiros e o fluxo de caixa da empresa nos últimos anos.