- Magda Chambriard destacou sua boa relação com o presidente Lula e ministros, alinhando os interesses do governo e dos acionistas da Petrobras
- A Petrobras planeja aumentar a oferta de gás natural no Brasil, com parcerias com a Argentina e a Colômbia, para reduzir os preços no mercado interno
- A Petrobras tem sido reconhecida por suas práticas de governança, equilibrando os interesses da sociedade e investidores
Em entrevista no domingo (29), o programa Canal Livre, da Band News, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, abordou temas cruciais sobre a relação da estatal com o governo federal. Além dos desafios e as oportunidades na exploração de gás natural no Brasil. E, ainda, destacou os avanços na governança da companhia.
Chambriard afirmou que sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “muito boa”, destacando que o chefe do Executivo, como representante da União no controle da Petrobras, tem interesse ativo em saber o que ocorre na empresa e torce pelo sucesso da companhia.
Alinhamento com o Governo
Durante a entrevista, Magda Chambriard explicou que mantém uma relação próxima com o governo federal, que é o acionista majoritário da Petrobras.
Ela ressaltou a importância de buscar sempre o alinhamento com o governo, sem negligenciar os interesses dos acionistas privados, que são os acionistas minoritários da empresa.
“Eu busco alinhamento com o acionista majoritário, que é o governo, e com o acionista minoritário, que são meus acionistas privados, e tenho que conversar com os dois, por óbvio”, afirmou a presidente da Petrobras.
Chambriard também fez elogios ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacando seu papel atuante na interlocução entre o governo e a Petrobras. Além de sua contribuição no entendimento das questões que envolvem a empresa e o Brasil.
A executiva ainda mencionou a boa relação com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que teve atritos com a gestão anterior da empresa, presidida por Jean Paul Prates.
Segundo Chambriard, a conciliação entre os interesses da sociedade brasileira e os dos investidores da Petrobras tem sido bem-sucedida.
“Estamos conseguindo conciliar o interesse da sociedade brasileira com o interesse dos nossos investidores, não tem ninguém reclamando”, afirmou, ressaltando que a Petrobras tem conquistado “prêmios de governança”.
Expansão do Gás Natural
A presidente da Petrobras também falou sobre as perspectivas para o gás natural no Brasil, um setor estratégico para a empresa.
Magda afirmou que o Brasil possui grandes reservas de gás natural, mas que levará tempo para trazer todo esse gás produzido na região do pré-sal até a costa.
A executiva ainda afirmou que a Petrobras busca parcerias com países vizinhos para viabilizar o aumento da oferta de gás no Brasil. E, com isso, reduzir o seu preço no mercado interno.
“Os campos do pré-sal no futuro serão campos de gás natural”, explicou Chambriard, destacando que, após o esgotamento do petróleo, as reservas de gás continuarão a ser uma fonte importante de energia.
Ela mencionou que, no próximo ano, será possível importar gás da Argentina, revertendo o fluxo do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). Ainda, um passo importante para diversificar as fontes de abastecimento de gás.
Além disso, Magda revelou que a Petrobras possui duas descobertas relevantes de gás na Colômbia. E, que, dependendo do sucesso das operações, o gás colombiano pode ser exportado para o Brasil.
“Se as expectativas forem mais otimistas, (o gás) pode chegar ao Brasil”, disse.
Futuro promissor para a Petrobras
O plano da Petrobras de expandir suas operações de gás natural no Brasil também inclui a aposta no gás do pré-sal. Cujas reservas devem garantir o abastecimento interno após o esgotamento das reservas de petróleo.
As parcerias regionais com países como Argentina e Colômbia têm potencial para aumentar significativamente a oferta de gás no Brasil. Dessa forma, contribuindo para o crescimento econômico e a diversificação da matriz energética nacional.
Além disso, a Petrobras continua a trabalhar na melhoria de sua governança corporativa e no fortalecimento de sua imagem no mercado. Dessa forma, com a busca por um equilíbrio entre os interesses dos acionistas e da sociedade brasileira.
A perspectiva é que a empresa continue a avançar na exploração e comercialização de gás natural. Ainda, com investimentos em novas tecnologias e infraestrutura para garantir a eficiência e a sustentabilidade de suas operações.