Reforma Ministerial

Mais Ministérios? Padilha fala em "acomodar base aliada" para reeleição de 2026

Padilha admite reforma ministerial para ampliar base do Governo

Imagem/Reprodução: Governo Federal logo
Imagem/Reprodução: Governo Federal logo

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode realizar uma reforma ministerial para ampliar a base do governo visando as eleições de 2026, quando Lula tentará a reeleição. Padilha admitiu que partidos como o PSD estão pleiteando mais vagas e cargos na Esplanada dos Ministérios.

“Acho que é natural [discutir reforma ministerial]. É igual time de futebol quando você vai para o segundo tempo [do mandato]. É aquele momento do jogo em que o técnico do time está no vestiário, avaliando como foram esses dois primeiros anos. O técnico [do time] está nesse momento avaliando como foi o desempenho do primeiro [tempo de mandato]. E temos noção, claro, que vai começar o segundo tempo, momento que o presidente fala que é o tempo da colheita e também é [tempo de] se preparar para 2026. Essa montagem no segundo tempo tem a ver com o compromisso de ministros, ministros, para 2026”.

explicou Padilha.

Em entrevista à TV Fórum, Padilha afirmou que o governo petista espera aumentar sua base aliada em relação à coligação que disputou a Presidência em 2022 ao lado do PT. “Eu defendo que a gente olhe para este segundo tempo fazendo uma avaliação das entregas do governo. E a outra avaliação [a ser feita] é sobre o quadro político de 2026. O presidente Lula é favorito para 2026, então se a gente tiver um crescimento em relação à base de 2022 é um avanço. Evidentemente para compor isso a gente tem que mexer [nos ministérios]”, disse Padilha.

Padilha confirmou que o PSD é um dos partidos que será contemplado com novos espaços no governo nessa reforma. O presidente do partido, Gilberto Kassab, teria enviado emissários ao Palácio do Planalto para manifestar a intenção de trocar o Ministério da Pesca, atualmente administrado pelo deputado André de Paula (PSD-PE). O PSD não vê a Pesca como um ministério útil e quer uma cadeira mais robusta para garantir seu apoio à gestão petista.