- Marina Silva rebate as críticas à administração do presidente, destacando avanços nas áreas de saúde, meio ambiente e direitos das mulheres
- A ministra defende os avanços no combate ao desmatamento e o crescimento do PIB, elogiando o trabalho do governo e do ministro Fernando Haddad
- Marina critica as tentativas de reedição de um regime autoritário e defende a continuidade da democracia no Brasil
Em uma entrevista polêmica no programa Roda Viva, da TV Cultura, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, rebateu as críticas sobre a queda na popularidade do governo do presidente Lula (PT).
Durante a conversa, Marina enfatizou que o governo tem uma direção clara e acusou aqueles que falam em “falta de rumo” de não compreenderem as políticas efetivas em áreas-chave. Assim, como saúde, meio ambiente e direitos das mulheres.
Além disso, a ministra se referiu a uma grave investigação da Polícia Federal (PF), que revelou um plano para matar autoridades do governo, como parte de uma série de defesas do atual governo.
“Falta de rumo é fazer um plano para matar o presidente da República, um ministro do Supremo, o vice-presidente. Isso é falta de rumo.”
“Falta de rumo”
Ao ser questionada sobre a queda na popularidade de Lula e os ataques que o governo tem recebido, Marina Silva foi enfática ao defender a gestão.
Ela declarou que é “estranho” quando algumas pessoas falam que o governo está sem rumo. Contudo, estacando que isso é um desrespeito à série de políticas públicas que têm sido implementadas.
“Acho estranho quando vejo as pessoas dizerem que o governo está sem rumo. Eu não sei de onde as pessoas tiram isso, porque falta de rumo era não ter política para a saúde, para o meio ambiente, não querer enfrentar o problema da mudança do clima, não ter respeito pelas mulheres. Isso sim era falta de rumo”, disse a ministra
Marina também destacou que a verdadeira falta de rumo seria a tentativa de assassinato de autoridades, se referindo ao plano “Punhal Verde e Amarelo”. Que, segundo investigações da PF, visava matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ela acusou aqueles que falam em falta de rumo de ignorar os desafios reais enfrentados pelo governo, comparando a situação com a tentativa de reedição de um regime autoritário. No entanto, algo que o Brasil não quer mais após os horrores da ditadura militar.
Redução do desmatamento e crescimento econômico
Em sua defesa do governo, Marina também mencionou a redução do desmatamento no Brasil, uma das bandeiras do governo Lula desde o início do seu mandato. Ela afirmou que as políticas de combate ao desmatamento têm mostrado resultados positivos e que essa redução é uma das principais vitórias da administração atual.
A ministra ainda elogiou a atuação de outros membros do governo. Assim, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desde o começo do terceiro mandato de Lula.
Marina frisou que o país viveu um período de “esculhambação” nos últimos anos, mas que a gestão atual tem se concentrado em corrigir as falhas de gestão pública. E, além disso, na implementação de políticas consistentes nas áreas social, econômica e ambiental.
Para ela, a crítica de que o governo está sem rumo é uma visão errada, pois as políticas estão focadas em resultados concretos e sustentáveis para o Brasil.
Ameaça ao governo e a defesa da democracia
Além de defender as políticas do governo, Marina também usou a entrevista para se posicionar contra aqueles que tentam fragilizar a democracia brasileira.
Ela lembrou que a verdadeira ameaça ao Brasil não vem de um governo que trabalha pela redução de desigualdades e pela preservação ambiental, mas de grupos que tentam reverter a democracia e instaurar novamente um regime autoritário.
A ministra, com sua postura firme, finalizou dizendo:
“Falta de rumo é querer, depois de tudo o que aconteceu com a ditadura militar, você querer reeditar uma ditadura em pleno século 21”.