
A Méliuz (negociada na bolsa como CASH3), empresa conhecida por seu cashback, anunciou na última segunda-feira (14) que tem planos ambiciosos para expandir sua estratégia envolvendo Bitcoin nos próximos meses e anos. E não é só papo: a companhia já marcou data para o próximo passo, convocando uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o dia 6 de maio de 2025.
Nessa assembleia, os acionistas da Méliuz terão a chance de conhecer em detalhes um estudo que a própria empresa realizou. Esse estudo analisa as “providências de governança” – ou seja, as regras e cuidados – que precisam ser tomadas para que a Méliuz possa ampliar sua aplicação de recursos e investimentos diretamente em Bitcoin. A coisa parece séria!
O Conselho de Administração da Méliuz, que é quem toma as decisões estratégicas, está claramente a favor da ideia e espera que os acionistas também comprem a proposta. O objetivo, segundo comunicado oficial da empresa, é ousado: se a proposta for aprovada na AGE, o Bitcoin se tornará o principal ativo estratégico da tesouraria da Companhia. Pense nisso: o dinheiro “guardado” pela empresa teria o Bitcoin como seu componente principal.
Mas não para por aí. A Méliuz também quer fomentar a geração incremental de Bitcoin para seus acionistas. Isso pode acontecer de duas formas: usando o dinheiro que a empresa gera com suas operações normais (o caixa operacional) ou através de outras operações financeiras e iniciativas estratégicas focadas na criptomoeda.
É importante frisar: a Méliuz deixou claro que não pretende mudar seu negócio principal, que continuará sendo o de sempre (cashback, serviços financeiros, etc.). A ideia é que a grana gerada por esse negócio principal possa até ajudar a financiar essa nova estratégia focada em Bitcoin, como na compra de mais criptomoedas no futuro.
E o que acontece com quem não curtiu a ideia? Os acionistas que já tinham papéis da Méliuz antes do dia 14 de abril e não quiserem continuar na empresa com essa nova estratégia (e não forem na AGE), terão o direito de pedir o reembolso de suas ações pelo valor de R$ 3,92 por papel. Atenção: esse valor não é o preço atual da ação na bolsa, mas sim um cálculo baseado no balanço patrimonial da empresa de dezembro de 2024.
A decisão final, claro, será tomada na AGE. Se os acionistas votarem “sim”, essa mudança no “objeto social” da empresa (basicamente, o que ela se propõe a fazer) colocará a Méliuz mais uma vez como pioneira no Brasil em uma estratégia envolvendo Bitcoin. Vale lembrar que a empresa já fez história ao se tornar a primeira companhia listada na bolsa brasileira a comprar Bitcoin para compor seu caixa. Agora, ela sinaliza que quer ir muito além.
Após a possível aprovação, a empresa deve divulgar novas datas e instruções sobre como essa estratégia será colocada em prática. Enquanto isso, os usuários da plataforma Méliuz já podem, inclusive, usar seus cashbacks para comprar e vender Bitcoin diretamente no app. A aposta no mundo cripto parece estar cada vez mais forte para a companhia.