Investidores retornam do Carnaval cautelosos; Ibovespa cai 0,79%, BBAS3 sobe 1,35% enquanto mercado ajusta-se ao cenário externo.
Após o feriado de Carnaval, os investidores brasileiros voltaram ao mercado com cautela, refletindo um pregão mais curto e ajustando-se às expectativas do mercado externo, especialmente em relação ao início do corte de juros nos Estados Unidos, previsto para junho. O índice Ibovespa fechou em queda de 0,79%, atingindo os 127.018,29 pontos. No entanto, entre as poucas altas da sessão, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) se destacaram, avançando 1,35%, a R$ 58,35, em um movimento técnico após perdas recentes. Enquanto isso, outros grandes bancos como ITUB4 e BBDC3 registraram estabilidade e leve queda, respectivamente.
Mercado brasileiro reage à cautela pós-Carnaval: Ibovespa fecha em queda enquanto BBAS3 se destaca com alta técnica
Após o período festivo do Carnaval, os investidores brasileiros retornaram ao mercado financeiro com cautela, refletindo um cenário de ajustes e expectativas em relação ao panorama externo, sobretudo diante da perspectiva do início do corte de juros nos Estados Unidos, programado para junho. Nesse contexto, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, encerrou o pregão em baixa, recuando 0,79% e alcançando os 127.018,29 pontos.
No entanto, mesmo com o viés negativo do mercado, algumas ações conseguiram se destacar em meio às perdas generalizadas. Um dos exemplos foi o Banco do Brasil (BBAS3), que contrariou a tendência predominante e registrou uma alta de 1,35%, fechando a R$ 58,35. Esse movimento positivo foi interpretado como um ajuste técnico após quedas recentes, conferindo certa estabilidade em um dia de volatilidade.
Enquanto isso, outros pesos-pesados do mercado financeiro brasileiro, como ITUB4 e BBDC3, mantiveram-se estáveis ou apresentaram leve queda, demonstrando a prudência dos investidores diante das incertezas tanto internas quanto externas. O cenário internacional, marcado pela baixa do preço do petróleo e oscilações nos mercados globais, influenciou diretamente o comportamento dos ativos locais, como evidenciado pela queda das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) e da Vale (VALE3).
A inflação nos EUA leva dólar a fechar em alta moderada.
O mercado financeiro viu o dólar à vista encerrar o dia em uma trajetória de leve alta, refletindo o impacto da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, divulgada recentemente, que ultrapassou as previsões dos analistas. Essa surpresa nos números levou a um ajuste nos ativos, com os investidores repensando suas estratégias em meio às expectativas de política monetária mais apertada por parte do Federal Reserve.
Os dados divulgados indicaram uma pressão inflacionária maior do que o previsto, o que gerou preocupações sobre a possibilidade de o Fed adotar medidas mais rigorosas para controlar a inflação, como aumentar as taxas de juros ou reduzir as políticas de estímulo monetário.
Essas preocupações se refletiram no comportamento do mercado cambial, com o dólar à vista registrando uma leve alta durante a sessão de hoje. O cenário de juros mais altos nos EUA tende a atrair investimentos para o país, fortalecendo o dólar em relação a outras moedas.
No âmbito doméstico, o mercado foi marcado por uma baixa liquidez e um noticiário esvaziado, em grande parte devido ao feriado prolongado em Brasília. Com isso, os investidores concentraram suas atenções principalmente nos eventos externos, como os desdobramentos econômicos nos Estados Unidos e a reação dos mercados internacionais.
Ao final do dia, o dólar à vista fechou com uma valorização de 0,22%, sendo cotado a R$ 4,9723. Enquanto isso, o dólar futuro para março apresentou um avanço de 0,38%, atingindo o valor de R$ 4,9795. Esses números refletem a cautela dos investidores diante das incertezas em relação à política monetária nos EUA e seu impacto nos mercados globais.