A Meta Platforms, controladora do Facebook, comprou uma participação minoritária na EssilorLuxottica, maior fabricante de óculos do mundo e dona de marcas como Ray-Ban e Oakley.
Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a Meta adquiriu cerca de 3% da empresa europeia, em um investimento estimado em €3 bilhões (US$ 3,5 bilhões) com base nos preços atuais de mercado.
As negociações são confidenciais, mas há rumores de que a Meta pode ampliar sua fatia para até 5% no futuro, dependendo do desempenho da parceria.
IA nos olhos
O movimento reforça o comprometimento da Meta com os óculos inteligentes alimentados por inteligência artificial, que vêm ganhando espaço como uma das grandes apostas da próxima geração de dispositivos pessoais — substituindo, ou complementando, os smartphones.
A aliança entre as empresas não é nova. Desde 2021, elas colaboram no desenvolvimento de óculos inteligentes da linha Ray-Ban, com câmera embutida e assistente de IA.
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Mais recentemente, lançaram juntos um modelo da marca Oakley, também equipado com tecnologia da Meta.
Segundo o CEO Mark Zuckerberg, os óculos inteligentes são uma peça-chave em sua estratégia de controlar o hardware e a distribuição de seus serviços, rompendo com a dependência dos smartphones fabricados por concorrentes como Apple e Samsung.
“Poder fabricar nosso próprio hardware é o que nos permitirá realmente escalar os óculos inteligentes como produto de massa”, disse Zuckerberg anteriormente.
Mercado reage com entusiasmo
O mercado financeiro reagiu positivamente à notícia. Os ADRs da EssilorLuxottica subiram até 6,9% nesta terça-feira (9), marcando a maior alta intradiária desde abril. As ações da concorrente Warby Parker também foram impulsionadas pelo otimismo com o setor, com avanço de até 4,3%.
Já os papéis da Meta operaram próximos da estabilidade, refletindo a cautela dos investidores em meio ao aumento dos custos com IA — um dos pilares do atual plano estratégico da companhia.
Jornalista em formação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com passagem pela SpaceMoney. É redator no Guia do Investidor e cobre empresas, economia, investimentos e política.
