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Meta inicia demissões para investir em Inteligência Artificial

Companhia de Mark Zuckerberg demite 5% de sua força de trabalho, cerca de 4.000 funcionários, para focar em IA e maior eficiência.

  • Meta inicia corte de 4.000 funcionários para focar em investimentos em Inteligência Artificial e eficiência operacional
  • Funcionários serão notificados por e-mail e receberão pacotes de indenização, incluindo 16 semanas de salário
  • A cultura de lealdade e os cortes de pessoal criam um clima de receio na Meta, afetando a moral interna da empresa

A Meta, gigante de tecnologia de Mark Zuckerberg, iniciou uma onda de cortes de empregos como parte de sua estratégia para se concentrar em investimentos pesados em Inteligência Artificial (IA). E, dessa forma, “melhorar a eficiência interna”.

De acordo com informações divulgadas pelo Business Insider, a empresa está em processo de desligamento de cerca de 4.000 colaboradores. Contudo, o que representa aproximadamente 5% de sua força de trabalho global.

A medida, que afeta funcionários de baixo desempenho, faz parte do plano da Meta de fortalecer sua posição no competitivo mercado de IA, além de buscar maior eficiência operacional.

O movimento é uma tentativa de otimizar recursos humanos e direcioná-los para as áreas com maior potencial de crescimento. Especialmente, no setor de IA generativa.

Cortes visam investimentos em IA

Os cortes na Meta, que começaram a ser executados a partir de um memorando interno, não são um movimento isolado da empresa. Mas, fazem parte de uma tendência maior no setor de tecnologia.

Após um período de grandes contratações durante a pandemia, empresas como Microsoft, Amazon e Salesforce também passaram por ajustes no quadro de funcionários.

A Meta, por sua vez, tem como foco o desenvolvimento de IA, área onde pretende investir bilhões de dólares. O “ano da eficiência”, iniciado em 2023 e projetado para durar até 2025, é um esforço para garantir que a empresa esteja bem posicionada para os desafios futuros.

Em particular, a companhia tem planos de aumentar o número de engenheiros especializados em aprendizado de máquina para impulsionar sua inovação na área de IA generativa.

Processo de demissões

O processo de desligamento será executado de forma organizada. Segundo o memorando obtido pelo Business Insider, os funcionários afetados serão notificados via e-mail. Contudo, tanto no trabalho quanto pessoalmente, e perderão o acesso aos sistemas da Meta dentro de uma hora após a notificação.

Os cortes serão realizados de acordo com fusos horários, começando pela região da Ásia-Pacífico. Assim, seguida por Europa, Oriente Médio e África, e, finalmente, América do Norte e América Latina.

Funcionários de países europeus como Alemanha, França e Itália estarão isentos de parte desse processo devido a regulamentos locais. Dessa forma, sendo submetidos a procedimentos de gestão de desempenho específicos de cada país.

Para os demitidos, a Meta oferece pacotes de indenização que incluem 16 semanas de salário. E, ainda, mais duas semanas para cada ano de serviço, o que visa amenizar o impacto das demissões.

Cultura corporativa

O clima interno na Meta, segundo informações de funcionários, parece estar tenso. Alguns colaboradores apontaram que a gestão de Mark Zuckerberg tem causado receios entre os trabalhadores. Contudo, devido à cultura de “lealdade” que a empresa vem promovendo.

Em declarações ao Business Insider, um funcionário afirmou que Zuckerberg está criando um ambiente de medo dentro da organização, com a constante pressão sobre os empregados.

A Meta, por sua vez, não comentou oficialmente sobre os detalhes das demissões no Brasil ou como isso pode afetar suas operações locais.

Não está claro se as equipes brasileiras serão impactadas da mesma forma que outras partes do mundo, mas a tendência é que a empresa busque realocar funções e reestruturar sua operação para focar ainda mais em inovação tecnológica.

Futuro da Inteligência Artificial

Com a IA no centro de sua estratégia para o futuro, a Meta está se preparando para competir de forma mais agressiva no mercado de IA generativa. Para isso, a empresa visa não só otimizar sua força de trabalho, mas também realizar investimentos significativos em infraestrutura.

Espera-se que os próximos meses tragam mais detalhes sobre como a Meta pretende integrar a IA em seus diversos serviços e produtos, ao mesmo tempo em que adapta sua cultura corporativa e redefine suas prioridades internas.

No geral, a Meta está em um processo de transformação. A empresa busca se reinventar em um mercado altamente competitivo e em constante evolução, com a IA como um dos principais motores para o crescimento nos próximos anos.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ