Gestora Amundi aposta em títulos da Argentina e Ucrânia, com foco nas políticas de Milei e possível retorno de Trump.
A Amundi, uma das maiores gestoras de investimentos da Europa, está fazendo apostas significativas nos títulos da Argentina e da Ucrânia, tendo em vista o cenário político atual e futuro. A empresa, que administra cerca de US$ 2 trilhões, está otimista com as perspectivas econômicas desses países, apesar dos riscos envolvidos.
Na Argentina, a gestora está confiante de que Javier Milei, conhecido por suas políticas de “tratamento de choque”, implementará reformas fiscais radicais.
Quanto à Ucrânia, a Amundi está investindo em sua dívida externa, apostando em um possível acordo de paz impulsionado pelos EUA e na eventual vitória de Donald Trump nas próximas eleições americanas, o que poderia levar a um acordo de paz com a Rússia.
Estratégia de Investimento da Amundi Foca em Mudanças Políticas na Argentina e Ucrânia
A Amundi, reconhecida como a maior gestora de ativos da Europa, está direcionando seus investimentos para títulos da Argentina e da Ucrânia, com um olhar atento às mudanças políticas e econômicas nesses países.
Na Argentina, a empresa aposta na capacidade de Javier Milei, um presidente de inclinação “anarco-capitalista”, de realizar ajustes fiscais significativos. A gestora já adquiriu dívida soberana, provincial e corporativa argentina, antecipando um impacto positivo das políticas de Milei.
Em relação à Ucrânia, a Amundi está investindo em dívida externa, prevendo que os Estados Unidos, sob uma possível administração de Donald Trump, pressionarão por um acordo de paz com a Rússia. A gestora acredita que o fim do conflito e a subsequente reconstrução, juntamente com a possível adesão à União Europeia, seriam extremamente benéficos para os ativos ucranianos.
Essas apostas, embora arriscadas, refletem uma estratégia de investimento que busca aproveitar oportunidades únicas em mercados emergentes. A Amundi também destaca sua alta exposição em dívida em moeda local no Brasil e no México, adotando posições vendidas na Ásia e compradas na América Latina, para capitalizar sobre o diferencial de juros.
Essas movimentações da Amundi demonstram uma abordagem de investimento que é tanto audaciosa quanto calculada, visando capitalizar em cenários políticos e econômicos globais em constante mudança.
Início Promissor para o Governo Milei com suporte internacional e confiança do mercado
A primeira semana do governo de Javier Milei na Argentina foi recebida com uma onda de otimismo e apoio tanto nacional quanto internacional. Os títulos públicos argentinos alcançaram o valor máximo dos últimos dois anos, refletindo a confiança renovada dos investidores nas políticas econômicas do novo governo.
O FMI, tradicionalmente crítico em relação à Argentina, aplaudiu as primeiras ações de Milei, indicando um possível alinhamento com as diretrizes internacionais de política econômica.
A visita de altos funcionários do Tesouro dos EUA ao país e os relatórios otimistas emitidos por bancos como o Goldman Sachs reforçam a percepção de que a Argentina pode estar entrando em um novo capítulo de estabilidade e crescimento econômico. O risco soberano do país, um indicador chave da confiança dos investidores, também experimentou uma queda significativa, sinalizando uma melhora na percepção de risco.
A presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy na posse de Milei foi um destaque, demonstrando apoio internacional ao novo governo argentino. Zelenskiy elogiou Milei antes de sua importante viagem a Washington, o que pode ser interpretado como um sinal de reconhecimento e apoio à nova liderança argentina no cenário global.
Esses desenvolvimentos positivos na primeira semana de Milei no poder são um sinal encorajador para a Argentina, que tem enfrentado desafios econômicos significativos nos últimos anos. O otimismo do mercado e o apoio internacional podem ser fundamentais para o sucesso das reformas planejadas pelo governo Milei, que busca estabilizar a economia argentina e promover o crescimento sustentável.