O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou, nesta sexta-feira (24), um conjunto de medidas para combater os altos preços de alimentos no Brasil. Durante uma coletiva com jornalistas, ele destacou que, em vez de esperar uma redução nas alíquotas de importação, os consumidores podem optar por alternativas mais baratas no mercado, como trocar a laranja por outra fruta. A sugestão ocorre diante da elevação nos preços de frutas e outros produtos alimentícios no país.
De acordo com Rui Costa, a situação do mercado internacional também reflete altas nos preços.
“Não adianta você baixar a alíquota [de importação], porque não há produto suficiente fora para suprir a demanda interna. O foco será trazer o produto que estiver mais barato no exterior”.
afirmou o ministro.
Ele explicou que o governo está estudando a redução das alíquotas de importação de produtos cujos preços estão mais elevados no mercado interno em comparação aos preços internacionais.
A proposta foi discutida após uma reunião com o presidente Lula, onde participaram outros ministros, como Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário). De acordo com Rui Costa, qualquer produto cujo preço interno ultrapasse os valores internacionais será analisado para a redução da alíquota de importação.
“Focaremos, evidentemente, no produto mais barato no exterior, com o objetivo de trazer o preço para pelo menos o nível internacional”.
complementou o ministro.
PAT
Ontem (23), Fernandando Haddad destacou em entrevista à jornalistas, que o foco do governo será melhorar a regulamentação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), um programa que visa beneficiar trabalhadores de baixa renda com vales-refeição e alimentação. Na ocasião, Haddad sugeriu que o Banco Central poderia explorar um “espaço regulatório” para melhorar a eficiência do programa, o que poderia resultar em uma queda de preços, com uma redução de até 3% nos valores do vale-refeição e vale-alimentação.
“Temos um espaço regulatório que pode ser explorado no curto prazo. O Banco Central tem a responsabilidade de ajustar a regulamentação da portabilidade, garantindo que os trabalhadores não percam dinheiro com taxas elevadas na transação dos benefícios”.
Afirmou Haddad.
Em relação à situação dos preços dos alimentos, o ministro também apontou que o ano de 2025 deverá contar com uma safra agrícola robusta, o que contribuirá para aumentar a oferta de alimentos e aliviar a pressão sobre os preços. Ele ainda destacou a desvalorização do dólar como fator que tende a reduzir os custos de produtos como leite, carne e café, que são exportados e influenciados pela moeda americana.