Monitoramento do PIX e cartão tem repercussão negativa e governo foca em IR

A bancada do PT na Câmara prioriza a reforma do Imposto de Renda enquanto enfrenta críticas sobre a fiscalização do Pix.

Após as recentes mudanças nas regras de fiscalização do Pix, que geraram controvérsias, a bancada do PT na Câmara busca criar uma “pauta positiva” para o retorno das atividades legislativas. O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), anunciou a intenção de discutir com Hugo Motta (Republicanos-PB) favorito a assumir a presidência da Câmara, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, medida prometida por Lula durante a campanha eleitoral.

A proposta, que visa isentar quem recebe até R$5 mil mensais, tem o apoio de diversos setores da população, conforme pesquisas recentes. Para rendas superiores a R$50 mil, a proposta sugere uma tributação mínima de 10%, como uma forma de equilibrar a tributação sobre os mais ricos.

A reforma do Imposto de Renda foi inicialmente proposta pelo governo em 2024 e deve ser enviada ao Congresso ainda este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta já está pronta e foi pensada para aliviar a carga tributária da classe média, enquanto busca garantir mais recursos para o Estado.

Enquanto isso, o governo enfrenta desafios de comunicação em relação à fiscalização do Pix. As novas regras, em vigor desde 1º de janeiro de 2025, exigem que as instituições financeiras reportem transações de R$5 mil ou mais de pessoas físicas e de R$15 mil ou mais de empresas à Receita Federal. O objetivo da medida é aumentar o controle sobre transações financeiras, combatendo a evasão fiscal e a sonegação de impostos. No entanto, a mudança de limites, que antes eram de R$2 mil e R$6 mil, gerou resistência e críticas no Congresso.

Essa “pauta positiva” pode ser a estratégia do PT para contornar a crise e garantir avanços durante o governo Lula.