Moraes e esposa têm vistos suspensos, podem ter bens congelados e até entrar pra "lista negra" de corrupção

O governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, decidiu suspender o visto americano de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida integra uma nova fase de sanções contra autoridades brasileiras, com foco em suspeitas de uso indevido da estrutura pública em benefício pessoal.

Escritório Barci de Moraes

Segundo informações obtidas por fontes ligadas ao Departamento de Estado norte-americano, a decisão foi tomada com base na atuação do escritório de advocacia de Viviane, que leva o nome “Barci de Moraes“. Para os americanos, a atividade empresarial da esposa de Moraes pode estar vinculada à influência exercida por ele como ministro do Supremo.

Congelamento de bens nos EUA

Além da suspensão imediata do visto de entrada nos Estados Unidos para Alexandre de Moraes e sua esposa, o governo Trump avalia a aplicação de sanções econômicas. Isso pode incluir congelamento de bens no exterior, proibição de transações financeiras com empresas americanas e a inclusão do casal em listas internacionais de monitoramento de corrupção.

A decisão de Washington se baseia em indícios de que o escritório Barci de Moraes teria se beneficiado da proximidade com decisões judiciais, o que acendeu alertas entre agências americanas de compliance e diplomacia.

Família de Ministros do STF na mira e ampliação das investigações

A iniciativa não se restringe a Moraes. Há também mapeamento de atividades comerciais de familiares de outros ministros do STF, como Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Esposas que atuam em grandes bancas jurídicas estão sob análise, especialmente se houver relação contratual com empresas estrangeiras ou envolvimento em causas com repercussão internacional.

Fontes próximas ao governo dos EUA afirmam que as ações se baseiam em princípios semelhantes aos da Lei Magnitsky, instrumento jurídico utilizado para sancionar indivíduos ligados a corrupção ou violações de direitos humanos em diversos países.

Declaração oficial e reação brasileira

A medida foi anunciada publicamente pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que afirmou ter ordenado a revogação dos vistos “de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos”. A declaração foi vista como uma retaliação à atuação do ministro no inquérito que investiga Jair Bolsonaro e aliados, o que tem causado desconforto crescente entre os governos dos dois países.

Rubio também mencionou que a Corte brasileira estaria promovendo uma “caça às bruxas” contra a oposição política, extrapolando o que ele considera limites democráticos. A revogação dos vistos seria, portanto, uma forma de sinalizar que os Estados Unidos não aceitam abusos disfarçados de decisões jurídicas.

Clima de instabilidade institucional

Mesmo diante da crescente pressão internacional, membros do STF indicam que não pretendem recuar. A corte acredita que “a ofensiva dos Estados Unidos não interfere na autonomia do Judiciário e representa uma ingerência indevida nos assuntos internos do Brasil”.

Nos bastidores, no entanto, ministros estariam incomodados com o fato de familiares estarem sendo envolvidos nas sanções. A possível inclusão de esposas e filhos em listas de penalidades internacionais pode escalar o impasse diplomático e gerar desgaste institucional.

Resumo da notícia:

• Esposa de Alexandre de Moraes teve o visto americano suspenso por suspeitas de favorecimento comercial.
• Governo dos EUA avalia sanções econômicas e financeiras contra o casal.
• Medida pode se estender a outras esposas de ministros do STF que atuam em escritórios de advocacia.