
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pode enfrentar um bloqueio sem precedentes nos Estados Unidos. Segundo aliados de Donald Trump, o governo americano estuda aplicar sanções que atingiriam diretamente empresas como companhias aéreas, redes de hotéis e até gigantes da tecnologia como Apple e Google.
A medida, avaliada dentro do pacote da chamada Lei Magnitsky, prevê a proibição de acesso de indivíduos sancionados a serviços comerciais e digitais em território norte-americano. Se confirmada, Moraes poderia perder desde o direito a comprar passagens aéreas até o uso de smartphones e aplicativos básicos.
Pressão crescente de Washington
A iniciativa surge em meio ao endurecimento da política externa dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. O nome de Alexandre de Moraes, segundo fontes ligadas a Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, entrou na lista de possíveis alvos de sanções individuais.
Na prática, a decisão se baseia na Lei Magnitsky, mecanismo usado por Washington para punir pessoas acusadas de violações de direitos humanos ou atos considerados antidemocráticos. Uma vez incluído, o indivíduo passa a ser rejeitado por empresas americanas e parceiras. Isso significa restrição a viagens, hospedagens e até serviços digitais oferecidos globalmente.
O alcance desse bloqueio seria devastador no cotidiano de qualquer pessoa. No caso de Moraes, poderia simbolizar a quebra de sua autoridade internacional e representar um recado político direto ao Judiciário brasileiro.
O impacto sobre tecnologia e cotidiano
A possível exclusão de Alexandre de Moraes dos sistemas de Apple e Google chama ainda mais atenção. Isso porque ambos os conglomerados possuem controle sobre plataformas essenciais para comunicação, trabalho e vida social.
O simples bloqueio de um ID Apple, por exemplo, impediria o uso de aplicativos básicos, compras online, armazenamento em nuvem e até o acesso ao iPhone. O mesmo ocorreria no ambiente Android, que é controlado pelo Google e tem presença dominante em smartphones.
Para além da polêmica política, a questão levanta dúvidas jurídicas sobre como empresas globais podem restringir direitos de um magistrado de outro país. Se implementada, a sanção criaria um cenário de tensão sem precedentes entre Brasil e Estados Unidos.
Bastidores da decisão
Segundo Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, os efeitos práticos das sanções ainda podem levar alguns meses para entrarem em vigor. Contudo, a simples cogitação já é considerada por analistas como um passo histórico.
A medida, se aplicada, colocaria o ministro no mesmo patamar de líderes e empresários acusados de corrupção e violações graves. Para o governo Trump, seria uma forma de pressionar diretamente as instituições brasileiras, ampliando o desgaste da imagem do STF fora do país.
Enquanto isso, no Brasil, o silêncio do Supremo contrasta com a movimentação política em Washington. A expectativa é de que a crise avance e amplifique a desconfiança sobre os rumos das relações bilaterais.
Pontos principais
- Governo Trump estuda sanções inéditas contra Alexandre de Moraes que podem bloquear Apple, Google e viagens.
- Medida se baseia na Lei Magnitsky, usada para punir atos considerados antidemocráticos.
- Caso confirmado, o impacto pode gerar crise sem precedentes entre Brasil e EUA.