A MRV (MRVE3) divulgou na última sexta a prévia operacional com resultados nada animadores para o mercado. De acordo com os dados da prévia, a organização consumiu quase R$ 1 bilhão em caixa, record em todas as unidades. Mas o destaque foi para a Resia (a antiga AHS, a operação da empresa nos Estados Unidos).
O resultado não agradou ao mercado, que caiu quase 11% na manhã desta segunda-feira (17). Isso porque a queima de caixa alcançou 2x mais a média estimada pelo mercado. Além disso, ficou muito acima do 2T22 e do 3T21, onde obteve R$ 343 mi e R$ 10 mi, respectivamente.
Assim, a empresa teve a sua recomendação rebaixada pelo Itaú BBA para market perform. Ademais, o preço-alvo também foi rebaixado de R$ 15 para R$ 12.
“Agora vemos uma assimetria menos atraente para a ação dados os riscos envolvidos na operação intensiva em capital nos EUA (provavelmente, o pior mercado para imóveis residenciais dos últimos 15 anos), e a recuperação mais lenta que o esperado da operação brasileira, atrapalhando o momentum positivo do segmento de baixa renda.”
Disse o analista Daniel Gasparete.
De acordo com o analista, os investidores ficaram surpresos como modelo de negócios desenvolvido nos Estados Unidos, que demonstrou alta competitividade. No entanto, Gasparete acredita que a “falta de claridade sobre a geração de caixa nos próximos trimestres (principalmente nos EUA) vai afastar os investidores da ação”.
Sobre a MRV Engenharia
MRV Engenharia e Participações S/A é uma empresa com atuação no desenvolvimento do setor imobiliário, com três segmentos de negócios:
- empreendimentos residenciais;
- imóveis em investimentos;
- e venda da terrenos industriais.
As políticas de ESG da MRV fizeram a companhia integrar, pelo sexto ano seguido, a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3. Ainda, tem reconhecimento por possuir boas práticas em governança corporativa, compliance, sustentabilidade ambiental e social, além de promover a eficiência econômica do negócio.