
- Empresa da esposa de Moraes gastou R$ 16 milhões em imóveis apenas em 2025.
- Entre as aquisições estão mansão em Brasília e apartamento de luxo em Campos do Jordão.
- Os EUA sancionaram Viviane Barci e a Lex com base na Lei Magnitsky.
A Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa comandada por Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, gastou R$ 16 milhões em imóveis apenas em 2025. Os bens incluem um apartamento duplex de alto padrão em Campos do Jordão (SP) e uma mansão em Brasília.
O caso gera ainda mais repercussão porque Viviane e a Lex foram sancionadas ontem (22) pela Lei Magnitsky, mecanismo usado pelo governo dos Estados Unidos para punir pessoas e instituições acusadas de irregularidades e violações internacionais.
Compras milionárias
Em março, a Lex desembolsou R$ 4 milhões por um apartamento duplex de 365 metros quadrados em Campos do Jordão. O imóvel de luxo tem seis vagas de garagem, cinco suítes, pé-direito duplo, varanda gourmet e até sistema de calefação. Um apartamento idêntico no mesmo prédio está anunciado por R$ 7 milhões.
Esse é o segundo apartamento da família Moraes no mesmo edifício. A primeira unidade, de 362 m², foi comprada em 2014 também por R$ 4 milhões. Ademais, os dois imóveis pertenciam à mesma construtora, segundo documentos da transação.
Mais recentemente, a Lex fechou outro negócio ainda maior: uma mansão em Brasília adquirida à vista por R$ 12 milhões. Portanto, foram R$ 6 milhões pagos como sinal e outros R$ 6 milhões no ato da escritura, como revelou a imprensa.
Impacto das sanções
A movimentação ocorre no mesmo ano em que a empresa e Viviane Barci entraram na mira do governo Trump. Os EUA consideraram que a atuação de Alexandre de Moraes na Suprema Corte favoreceria os negócios do escritório.
Com a sanção da Lei Magnitsky, tanto Viviane quanto a Lex ficam proibidas de fazer negócios com cidadãos americanos ou instituições que mantenham relações com os EUA. Além disso, não poderão mais usar cartões de crédito emitidos por bandeiras internacionais ligadas ao sistema financeiro norte-americano.
Por fim, a medida complementa as sanções já aplicadas contra o próprio ministro Moraes e aumenta a tensão diplomática entre os dois países.