
Os Correios atravessam uma crise financeira que ameaça a sobrevivência da estatal. A projeção interna aponta que serão necessários R$ 7 bilhões até o fim de 2026 apenas para manter as operações básicas em funcionamento.
No governo Lula, a Fazenda resiste a liberar recursos sem contrapartidas duras, criando um impasse que coloca em xeque a continuidade de um dos serviços públicos mais tradicionais do país.
O tamanho do rombo
O cálculo de R$ 7 bilhões expõe a dimensão do desequilíbrio entre receitas e despesas. Com custos operacionais em alta e receitas em queda, os Correios caminham rapidamente para um colapso caso não recebam apoio financeiro.
O montante seria destinado a cobrir déficits acumulados, manter a folha de pagamento e sustentar a logística que garante entregas em todo o território nacional.
Sem esse aporte, a estatal corre risco de atrasar serviços, reduzir agências e perder ainda mais espaço para concorrentes privados no setor de entregas.
Fazenda pisa no freio
Dentro do governo, a equipe econômica adota uma postura rígida. A Fazenda não pretende liberar bilhões sem exigir em troca uma reestruturação completa da estatal.
Entre as exigências estão cortes de custos, revisão de contratos, metas de eficiência e mudanças de governança. O objetivo é evitar que o dinheiro público seja usado apenas para tapar buracos.
Enquanto a negociação segue, os Correios vivem uma corrida contra o tempo. Cada mês sem definição aumenta a pressão sobre a operação e eleva o risco de colapso.
Impacto para o consumidor
Se o socorro não vier, a população deve sentir rapidamente os efeitos. Atrasos em entregas, fechamento de agências e até suspensão de rotas em áreas remotas estão no radar.
O setor de e-commerce, que depende fortemente da logística dos Correios, pode ser um dos mais prejudicados. Isso encareceria custos e reduziria a confiança no serviço.
Em paralelo, cresce o debate sobre a necessidade de parcerias privadas ou até privatização como saída para garantir a sobrevivência da estatal.
Principais pontos
- Correios precisam de R$ 7 bilhões até 2026 para manter operações.
- Fazenda exige corte de custos e mudanças antes de liberar recursos.
- Sem solução, risco de atrasos e redução de serviços cresce rapidamente.