- A Natura anunciou a captação de R$ 1,326 bilhão através da 13ª emissão de debêntures simples
- De acordo com o comunicado oficial, os títulos estão alinhados com metas de sustentabilidade da empresa, focadas no desenvolvimento de bioingredientes
- Na captação, o International Finance Corporation (IFC) e o BID Invest contribuíram com R$ 300 milhões e R$ 200 milhões, respectivamente
A Natura (NTCO3) anunciou a captação de R$ 1,326 bilhão através da 13ª emissão de debêntures simples. Que não são conversíveis em ações e são da espécie quirografária, dessa forma, emitidas em série única.
De acordo com o comunicado oficial, os títulos estão alinhados com metas de sustentabilidade da empresa, no entanto, focadas no desenvolvimento de bioingredientes provenientes da sociobiodiversidade amazônica.
“A escolha desse indicador está diretamente ligada ao cumprimento dos demais objetivos e metas da Visão 2030 da companhia, conhecida como Compromisso com a Vida, especialmente em relação à proteção da Amazônia e da biodiversidade”, aponta o documento.
Na captação, o International Finance Corporation (IFC) e o BID Invest contribuíram, contudo, com R$ 300 milhões e R$ 200 milhões, respectivamente.
A empresa
A Natura é uma empresa brasileira conhecida principalmente por seus produtos de cosméticos, perfumaria e cuidados pessoais. Fundada em 1969, a empresa se destaca por suas práticas sustentáveis e compromisso com a biodiversidade, especialmente na região amazônica. Além dos produtos de beleza, a Natura também atua em áreas como venda direta, com uma rede de consultores, e possui marcas como Avon e The Body Shop em seu portfólio.
Emissão de debêntures
Em resumo, a emissão de debêntures é uma forma de captação de recursos pelas empresas no mercado financeiro. As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar dinheiro junto a investidores. Em troca do investimento, os investidores recebem juros periodicamente e o valor principal de volta ao final do prazo estipulado. As empresas podem, portanto, emitir esses títulos com diferentes características, como prazos de vencimento, tipos de remuneração e garantias associadas.
Justiça condena Avon e Natura a indenizar funcionária
A Justiça Regional do Trabalho de Ponte Preta, interior de Minas Gerais, determinou que as fabricantes Avon e Natura paguem R$ 10 mil a uma funcionária que era obrigada a usar fantasias quando não alcançava as metas.
Em informações divulgadas na quinta-feira (04), a Justiça Regional do Trabalho de Ponte Preta, no interior de Minas Gerais, condenou as fabricantes de cosméticos Avon e Natura a pagarem R$ 10 mil a uma funcionária que era obrigada a usar fantasias quando não batia as metas.
Jorge Berg de Mendonça, desembargador relator, disse que entendeu haver danos morais e, portanto, fixou a indenização.
De acordo com informações, a funcionária afirmou que era “submetida a gestão por estresse com exposição de resultados das metas em reuniões abusivas”.
Uma testemunha confirmou que a empresa realizava reuniões trimestrais onde exibia um ranking dos vendedores. Os nomes de quem não bateu a meta apareciam em vermelho.
Em depoimento, a funcionária ainda disse que quem não batia as metas deveria usar fantasias escolhidas pela gerente de vendas. Os funcionários pagavam pelas fantasias eles mesmos.
Procuradas, a Natura e a Avon afirmaram em uma nota, que o processo ainda não está concluído e que o episódio é anterior a aquisição da Avon pela empresa. Também disse que os envolvidos, contudo, não trabalham mais na empresa.
“Prezamos pelo cuidado com as pessoas e pelas relações, e reafirmamos que a postura mencionada não é reflexo das práticas de gestão das marcas”, concluíram.