O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua surpreendendo com um crescimento expressivo de sua popularidade, especialmente entre os jovens, segundo recentes pesquisas divulgadas pela CNN e outros veículos. Mais de 53% dos americanos declararam estar otimistas ou empolgados com a possibilidade de um novo governo Trump, superando os 46% registrados antes de seu primeiro mandato em 2016.
Entre as promessas de campanha mais polêmicas de Trump está a expulsão em massa de imigrantes irregulares, que hoje conta com o apoio de 57% da população americana. Esse número reflete não apenas uma mudança na percepção pública sobre a imigração, mas também uma possível reviravolta cultural em andamento.
Pesquisadores apontam que as políticas de nacionalismo econômico, que priorizam o fortalecimento da economia doméstica e a restauração da ordem nas fronteiras, têm conquistado apoio, mesmo entre grupos tradicionalmente críticos a Trump. Além disso, sua postura irreverente, exemplificada por gestos como danças que viralizaram em redes sociais, contribuiu para aproximá-lo de públicos mais jovens.
O surpreendente apoio da geração Z
A pesquisa mais impressionante é a que revela o crescimento de 19 pontos percentuais na aprovação de Trump entre jovens de 18 a 29 anos, comparada com levantamentos anteriores. Essa mudança tem sido interpretada como um “realinhamento histórico de gerações”.
Charlie Kirk, um conhecido ativista conservador, destacou o papel de estratégias direcionadas ao público jovem masculino na ascensão de Trump. Ele e Barron Trump, filho caçula do ex-presidente, desenharam campanhas específicas para plataformas digitais, apostando em podcasts e programas de streaming como veículos para alcançar um público mais amplo e diverso.
Figuras influentes do mundo digital, como Lex Fridman, Theo Von, Adin Ross, Logan Paul e Joe Rogan, ajudaram a integrar temas da alta política à cultura pop, ampliando o alcance de Trump. No TikTok, por exemplo, seu perfil saltou de 300 mil para 8,1 milhões de seguidores em um curto período, consolidando o apoio entre a geração Z.
Críticas e análises divergentes
A recepção positiva não tem sido unânime. Publicações de esquerda, como o The Nation, têm criticado abertamente o fenômeno, atribuindo o aumento da popularidade de Trump a uma mistura de “lua de mel política” e estratégias de marketing eficazes, mas questionáveis.
A revista especula que o otimismo crescente entre os americanos pode estar relacionado a promessas de preços mais baixos, uma economia fortalecida e protegida, e experimentos administrativos audaciosos, como a nomeação de figuras controversas para cargos estratégicos. Um exemplo é a suposta escolha de Elon Musk para liderar cortes de desperdícios no orçamento governamental.
Um novo capítulo nas batalhas culturais
Especialistas indicam que o fenômeno Trump vai além das pesquisas e reflete um novo capítulo nas batalhas culturais americanas. Seu apelo parece residir na quebra de paradigmas tradicionais, com uma postura que mescla carisma e ousadia, mesmo diante de críticas ferozes.
Enquanto analistas aguardam para ver se essa onda de apoio se manterá, o fato é que Trump conseguiu rejuvenescer sua imagem pública e atrair um público jovem que busca mudança e inovação, mesmo em um cenário de incertezas políticas e sociais.
Com a possibilidade de um segundo mandato, Trump reforça seu papel como um dos políticos mais polarizadores e imprevisíveis da história americana. As próximas etapas de sua campanha e o impacto dessas transformações culturais continuarão a ser acompanhados de perto.