
- Nova versão do NuCoin foca em engajamento e recompensa, deixando de lado a especulação.
- Tokens não poderão ser negociados, mas servirão para jogos, prêmios e experiências com parceiros.
- Programa será liberado por etapas, priorizando segurança, gamificação e fidelização.
O Nubank deu um passo inesperado ao anunciar a segunda versão do NuCoin, seu programa de fidelidade baseado em tokens. Diferente da proposta anterior, a fintech quer evitar que o ativo digital se torne um novo alvo de especulação entre os usuários.
Na nova fase, o NuCoin continuará existindo como um token registrado em blockchain, mas com uma função puramente utilitária. O banco já deixou claro que não haverá espaço para compra, venda ou valorização. O objetivo, agora, é garantir que os clientes se beneficiem de vantagens práticas e interativas ao utilizar produtos do ecossistema Nubank.
Foco é engajar, não atrair investidores
Na versão original, o NuCoin permitia que usuários comprassem e vendessem o token. Muitos clientes, empolgados com o potencial de valorização, começaram a negociar ativamente a criptomoeda. Esse movimento tirou o foco do programa de fidelidade e gerou instabilidade.
Desta vez, o Nubank quer evitar esse tipo de problema. Por isso, o token não será negociável em nenhuma plataforma. Ele servirá apenas para participar de ações dentro do aplicativo, como desbloquear recompensas, abrir “baús surpresa” e acessar ofertas relâmpago.
Além disso, o banco permitirá que os clientes usem os tokens em experiências gamificadas. Isso inclui quizzes temáticos com prêmios, cupons de desconto e ingressos para eventos. A ideia é transformar o uso dos cartões de crédito e débito em uma atividade mais divertida e recompensadora.
Recompensas conectam consumo com comportamento digital
Outro destaque da nova versão é o estímulo ao comportamento financeiro saudável. O Nubank informou que também será possível acumular nucoins ao pagar contas em dia, cadastrar uma chave Pix e autorizar o compartilhamento de dados via Open Finance. Com isso, o programa incentiva não apenas o consumo, mas também a organização financeira.
Essas ações ampliam as formas de engajamento e criam um relacionamento mais ativo com o cliente. Segundo a empresa, os tokens poderão ser trocados por vantagens em empresas parceiras como Shopee, Magalu e Amazon. Tudo isso estará disponível de forma gradual, começando com uma base restrita de clientes.
Essa limitação inicial visa corrigir erros do passado. Ao liberar o programa aos poucos, o Nubank pretende observar o comportamento dos usuários e ajustar a estratégia conforme necessário. Assim, garante mais controle sobre o sucesso da nova versão.
Blockchain permanece, mas sem valor de mercado
Mesmo com o fim da negociação, o NuCoin seguirá registrado em blockchain. Essa decisão reforça a transparência e a segurança do sistema. Ao mesmo tempo, deixa claro que o ativo digital é apenas uma ferramenta de fidelidade e não um investimento.
Diferentemente de outros programas baseados em milhas ou cashback, o NuCoin busca tornar a fidelização mais dinâmica e personalizada. O cliente interage, joga, desbloqueia recompensas e acompanha sua evolução diretamente no app, sem depender de cotação de mercado.
O Nubank, portanto, aposta que o novo modelo vai aumentar o tempo de uso do aplicativo, fortalecer a retenção de clientes e estimular o uso de diferentes produtos do ecossistema. Tudo isso sem repetir os erros da versão anterior, marcada por expectativas irreais de valorização.